Você sabe o que é parto humanizado? Confira 5 dicas para sua realização

A violência obstétrica, também conhecida como violência no parto, compreende qualquer ato ou intervenção direcionada ao bebê e a mulher grávida, parturiente ou puérpera, sem sua aprovação. De acordo com uma pesquisa divulgada, em 2010, pela Fundação Perseu Abramo, uma em cada quatro mulheres sofrem violência no parto.

Um levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), elencou sete tipos de violência obstétrica, identificadas por: abuso físico, abuso sexual, abuso verbal, qualquer tipo de discriminação, não cumprimento de padrões profissionais como a negligência, falta de comunicação entre a equipe profissional e a gestante e, por fim, a falta de recursos no sistema de saúde.

A empresária e influenciadora Shantal Verdelho, representa um exemplo recente de mulher que sofreu com a violência obstétrica. A empresária afirma ter sido vítima desta prática devido o abuso verbal, ao ser xingada, ridicularizada e exposta pelo médico responsável pelo seu parto.

Parto Humanizado

O termo humanização não se refere ao meio do parto (cesárea ou vaginal), mas sim, ao tipo de assistência prestada à gestante durante esse processo. O parto humanizado é caracterizado por um ambiente acolhedor, com participação ativa dos pais na tomada de decisões sobre o parto, escuta direcionada à mulher, onde suas escolhas são respeitadas, inclusão de doula e atuação de uma equipe multidisciplinar.

Portanto, além de evitar a violência obstétrica, a humanização no parto é essencial para devolver à mulher o protagonismo desse momento. Essa prática abrange diversas vantagens para saúde e vínculo da mãe e do recém-nascido, como a redução dos níveis de ansiedade e estresse, redução dos riscos de infecção e uso de técnicas naturais para alívio da dor.

Conheça algumas dicas para a realização do parto humanizado

  1. Frequentar grupos de apoio a gestante: As rodas de gestantes constam na assistência Pré-Natal do SUS e podem ser realizadas presencialmente ou online. Nessas rodas as mulheres são orientadas sobre a gestação e todo assunto ao redor do tema.

  2. Presença de uma doula: A doula é uma mulher, sem necessariamente formação médica, que orienta e assiste a gestante no parto e nos cuidados com o bebê, oferecendo suporte emocional e físico.

  3. Equipe multidisciplinar: Oferece segurança no parto humanizado, contando com obstetra, enfermeira obstétrica, doula, pediatra e anestesista. Enquanto o pediatra recepciona a criança, os demais profissionais são responsáveis pelo acompanhamento e apoio à mulher no processo de parto.

  4. Escolha do hospital: Caso o parto seja realizado em alguma unidade hospitalar, a escolha da maternidade e a checagem dos protocolos do hospital são importantes para a concretização do parto humanizado.

  5. Elaboração de plano de parto: Recomendado pela OMS, ele consiste na elaboração de uma carta feita pela gestante, com o auxílio da obstetra, para registrar suas preferências no processo de parto, como os procedimentos médicos, cuidados com o recém-nascido, anestesia e afins.

Como um do direitos da mulher, o Ministério da Saúde assegura a prática da humanização no nascimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Para mais informações acompanhe o Blog Vida Saudável e as redes sociais da Pró-Saúde!

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