Diante da grande quantidade de mutações e alta transmissibilidade da variante Ômicron, surgem questionamentos sobre a eficácia das atuais vacinas contra essa nova cepa do coronavírus. Ao mesmo tempo, e não por acaso, países com mais casos de infecção pela variante são os mesmos com menores taxas de cobertura vacinal, como África do Sul (25,3%) , Botsuana (22%) e Estados Unidos (60%).
Após estudos em laboratório, as empresas farmacêuticas divulgaram recentemente, algumas informações sobre a atuação dos imunizantes contra a nova variante, confira:
Pfizer: Aplicada em três doses, a vacina gera um efeito neutralizante contra a nova variante, aumentando os anticorpos em até 25 vezes em comparação com as duas doses anteriores. Mesmo com a redução dos anticorpos sobre as duas doses, a vacina é capaz de proteger contra o desenvolvimento grave da doença.
Coronavac: Estudo conduzido pelo cientista Xiangxi Wang, na China, mostram que a terceira dose da vacina produz anticorpos capazes de reconhecer a variante Ômicron. A próxima etapa para confirmação da eficácia da Coronavac contra a nova cepa, se refere a testes que apresentem a capacidade de neutralização dos anticorpos contra o vírus, assim como a Pfizer.
Janssen: Um estudo realizado pela farmacêutica divulgou que a dose de reforço de sua vacina, quando administrada seis meses após a aplicação das duas doses anteriores da Pfizer, é capaz de aumentar os anticorpos e a resposta imune celular.
Importância da vacinação
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a baixa cobertura global de vacinação aumenta os riscos de aparição de novas variantes, como foi o caso do surgimento da cepa Ômicron, descoberta na África do Sul, país onde a distribuição de vacinas foi menor em comparação com os demais países.
As variantes surgem porque o vírus se reproduz. Portanto, quanto mais pessoas são infectadas, maior a reprodução do vírus e, consequentemente, de variantes com mutações capazes de escapar totalmente das vacinas. Por isso a importância da vacinação.
Segundo a Anvisa, as vacinas continuam a ser a melhor medida de saúde pública para proteger as pessoas da Covid-19, reduzindo a transmissão e a probabilidade do surgimento de novas variantes. Além disso, elas são eficazes na prevenção de doenças graves, hospitalizações e morte pela doença.
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