Segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani – 2019), uma a cada dez crianças, de até cinco anos, está com excesso de peso no país: 7% com sobrepeso e 3% com obesidade. Ao mesmo tempo, o estudo indica que 18,6% das crianças, na mesma faixa etária, se encontram na zona de risco para o sobrepeso.
A obesidade infantil é uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, que causa prejuízo à saúde da criança. Seu diagnóstico é feito por meio do cálculo do Índice de Massa Corpórea (IMC), onde o peso (em kg) é dividido pela altura, ao quadrado (em metros). Até os cinco anos de idade, o IMC maior do que 19 já corresponde à obesidade.
A obesidade em crianças está associada a combinação de fatores de exposição à ambientes obesogênicos, ou seja, espaços que favorecem o sedentarismo, e a ingestão de alimentos calóricos. Segundo o Enani, o consumo de alimentos ultraprocessados é o principal responsável pelo aumento da obesidade infantil.
Prevenção à obesidade infantil
Marina Milhomem, nutricionista do Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), gerenciado pela Pró-Saúde em Marabá, destaca algumas dicas de prevenção a obesidade infantil, confira:
• Limite o consumo de alimentos ultraprocessados;
• Não ofereça açúcar e ultraprocessados (biscoitos e bolachas recheadas) às crianças com menos de dois anos de idade;
• Dê preferência à alimentos naturais durante a infância;
• Incentive a prática de atividades físicas, como jogos ao ar livre;
• Faça refeições em família, isso ajuda na concentração durante a refeição;
• Incentive a hidratação da criança.
Consequências do acúmulo de gordura
Tanto o sobrepeso quanto a obesidade aumentam o risco de diversas doenças, afetando diferentes órgãos. Confira os principais riscos para as crianças:
• Disfunções no metabolismo;
• Problemas ortopédicos, principalmente na coluna, joelhos e pés;
• Diabetes mellitus (tipo 2);
• Pressão alta;
• Distúrbios respiratórios;
• Redução do hormônio do crescimento.
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