Fevereiro Roxo: saiba mais sobre o lúpus, seus sintomas e tratamento

Apesar de ser uma doença autoimune que não tem cura, é possível controlar e ter qualidade de vida. Além da pele, o lúpus pode acometer órgãos como pulmão e rins

Estamos no Fevereiro Roxo, campanha destinada à conscientização sobre doenças que não tem cura, como fibromialgia, Alzheimer e lúpus. Com o lema “Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto”, o objetivo é ressaltar que mesmo com patologias incuráveis, ainda é possível pode ter qualidade de vida.

Entre as doenças citadas, o lúpus exige uma atenção especial para seus sintomas, que podem surgir de forma lenta e silenciosa, ou, em alguns casos, repentinamente, variando fases de atividade e de remissão.

Trata-se de uma doença autoimune e crônica, que acomete cerca de 65 mil pessoas no Brasil, a maioria mulheres, na faixa dos 20 a 45 anos.

O lúpus é uma doença autoimune, onde as próprias células do sistema imunológico atacam partes saudáveis do organismo. A doença se divide em duas categorias: sistêmico e discoide.

O lúpus sistêmico, tipo mais comum, é definido por sintomas que podem ser leves ou graves e que afetam várias partes do corpo (rim, pulmão, coração, cérebro e articulações), além da pele. Já o discoide, ou cutâneo, afeta apenas a pele e o tratamento é essencial para evitar que evolua para o sistêmico.

Os sintomas mais comuns do lúpus são as manchas por toda pele, principalmente nas áreas que ficam mais expostas à luz solar, como rosto, colo e braços, e no couro cabeludo — inclusive, podendo causar a queda do cabelo.

Assim, se cria uma sensibilidade ao sol, que costuma ser acompanhada de dores nas articulações, mal-estar, perda de apetite e de peso, dificuldade para respirar, dor no peito, entre outros. Quando o lúpus se espalha pelos órgãos, gera sintomas específicos, chamados de localizados. São eles:

> Cérebro e sistema nervoso: dor de cabeça, dormência, derrames cerebrais (AVC), problemas de visão e alterações de personalidade;
> Rins: náusea, vômito, dor abdominal, edemas, irritação e coceira generalizada. Pode provocar falência no órgão, a principal causa de morte nos primeiros anos da doença.
> Coração: arritmia, o que aumenta as chances de ataque cardíaco e outras doenças cardiovasculares.
> Pulmão: tosse com sangue;
> Vasos sanguíneos: aumento nos riscos de sangramentos, inflamação e anemia.

Ainda não se sabe qual a causa da doença, mas estudos apontam que fatores genéticos, hormonais e ambientais participam de seu desenvolvimento. O lúpus não é contagioso, e, por se tratar de uma doença crônica e sem cura, o tratamento é essencial para controlar a evolução e os sintomas. Além da proteção solar rigorosa, as diferentes formas de lúpus demandam diferentes formas de tratamento, por isso, o acompanhamento médico é essencial.

O diagnóstico da doença não é fácil, já que os sintomas variam de acordo com o órgãos que são acometidos, podendo envolver profissionais de diferentes especialidades, como dermatologistas, reumatologistas, neurologistas, nefrologistas e pneumologistas.

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