Comer sem fome, só pelo prazer e para compensar frustrações é comum. E isso pode ocasionar transtornos alimentares
No corpo humano, a alimentação tem a função de nutrir e garantir o bom funcionamento do organismo. Mas o ato de comer na sociedade vai muito além, está vinculado a tradições e ao prazer. É muito comum fazermos refeições só pela satisfação, ou para compensar a ansiedade, estresse ou angústia — isso é a fome emocional, que pode ser perigosa.
Desde criança nos acostumamos a dizer que merecemos um sanduíche ou um chocolate depois de um dia difícil, mesmo estando sem fome, como se isso nos deixasse mais feliz. Mas o que não identificamos é que essa “gula” não resolve os problemas emocionais, só traz uma satisfação momentânea. E quanto mais isso se torna um hábito, maiores os riscos.
Quem come por emoção, não por necessidade, fica mais propenso a consumir alimentos ultraprocessados e ricos em carboidratos em grandes quantidades, causando um aumento no peso e na gordura corporal.
Além de aumentar as chances de desenvolver algum tipo de transtorno alimentar grave, como compulsão alimentar, bulimia e anorexia, quando a ansiedade é descontada em grande parte na comida.
Isso tudo pode gerar ainda mais frustração. E a principal maneira de parar com a fome emocional é sempre prestando atenção se já não estamos satisfeitos.
Quando precisamos comer, o corpo lentamente vai dando sinais, como ronco no estômago e perda de energia. Quando a vontade é emocional, ela vem de repente e é específica para um certo tipo de alimento.
Algumas outras práticas podem ajudar a driblar a fome emocional:
– Respeite os horários das refeições, não coma no intervalo delas;
– Descubra outras formas de descontar a insatisfação, pode ser praticando exercícios físicos ou qualquer outro tipo de hobby;
– Encha a geladeira de frutas e verduras, ao invés de alimentos gordurosos;
– Tente identificar as situações no seu dia que fizeram você comer de forma emocional. Anote-as junto com a refeição que foi feita. Faça um diário sentimental e alimentar.
Caso essas medidas não façam efeito, ou a frustração seja grande demais, busque o apoio de um psicólogo. Em situações de transtornos alimentares mais graves, pode ser necessária a ajuda de um psiquiatra.