Segurança do Paciente

Segurança do paciente: Qual é o objetivo e como funciona?

No Dia Nacional da Segurança do Paciente, entenda a prática que visa reduzir os riscos nos hospitais. Veja as seis metas traçadas pela OMS

Há oito anos, o Ministério da Saúde implantava o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), para contribuir com a qualificação do cuidado em todas unidades de saúde do país. Desde então, 1º de abril se tornou o dia nacional desse tema, uma data que visa conscientizar sobre a importância das práticas definidas pelo órgão.

Essa conscientização é dedicada desde os gestores ao paciente e à sociedade como um todo. A segurança do paciente é a união de uma série de práticas com um só objetivo: reduzir o máximo possível os riscos e danos nos ambientes hospitalares, muitos deles evitáveis.

Tratam-se de incidentes que podem acarretar em lesões, sofrimentos, incapacidades e até mortes, como a queda de uma pessoa de um leito ou a dosagem errada de um medicamento. Na época da criação do PNSP, estimava-se que 7,6% dos pacientes sofriam algum evento adverso, sendo 66% deles evitáveis.

A adesão ao programa é obrigatória em todo País, seja em hospitais públicos ou privados. Para isso, é necessária a criação de um Núcleo de Segurança do Paciente em cada unidade. Esse núcleo deve implantar um setor de gestão de riscos e reunir profissionais de diversas especialidades em sua administração e na capacitação de outros colaboradores.

É importante ressaltar que a segurança do paciente é uma tarefa de todos, não só de uma pessoa, equipamento ou setor. A melhoria depende de um esforço de toda equipe e de uma cultura da instituição.

O Brasil é um dos países que compõem a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, estabelecida em 2004 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A Aliança traçou seis metas que devem basear a segurança. **São elas:**

– Identificação correta do paciente: definir quem é o paciente com identificadores de nome completo e data de nascimento.

– Comunicação efetiva: transmissão completa e clara de informações entre setores e profissionais de saúde.

– Melhorar a segurança no uso e na administração de medicamentos de alta vigilância: gerenciamento separado dessas medicações, contemplando o armazenamento, prescrição, dispensação, aplicação e o monitoramento dos efeitos após o uso.

– Cirurgia segura: assegurar que seja feito o procedimento correto, no paciente correto e no local correto, com todos os recursos necessários disponíveis.

Reduzir o risco de infecções associadas a cuidados assistenciais: principalmente pela higiene adequada das mãos, que deve ser feita antes e depois do contato com o paciente, após o contato com áreas próximas a ele. E também antes de procedimentos e depois de risco de exposição a fluidos corporais (tosse, espirro, vômitos, entre outros).

– Reduzir o risco de danos aos pacientes resultantes de quedas: adaptação na estrutura física e avaliação dos pacientes com maior risco, além das devidas orientações aos pacientes e acompanhantes.

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