Face Shield

Quando o face shield é recomendado na prevenção da Covid-19?

Equipamento utilizado por Tatá Werneck gera discussão na web. OMS incentiva o uso apenas como reforço das máscaras

O uso ideal das máscaras como forma de proteção do novo coronavírus ainda é um tema que causa dúvidas. Na última sexta-feira (7), a atriz Tatá Werneck causou estranhamento nas redes sociais ao se proteger com duas máscaras e um face shield — escudo de proteção facial — durante o enterro do ator Paulo Gustavo. Ela estava correta?

Sim. Prevenção nunca é demais, assim ela conseguiu evitar a maioria dos riscos de transmissão do vírus. Contudo, não faltaram pessoas para questionar e julgar como “exagerada” o uso do face shield. No entanto, trata-se de um item fundamental para profissionais de saúde que entram em contato com fluidos biológicos e agentes químicos.

Vale ressaltar que o face shield serve apenas para reforçar a proteção, principalmente na região dos olhos, logo não deve ser utilizado individualmente, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São vários os estudos científicos que fortalecem essa tese.

Um deles foi desenvolvido pela Universidade de Fukuoka, no Japão, e publicado na revista acadêmica Physics of Fluids em dezembro do ano passado. A pesquisa constatou que as partículas do vírus chegam em menos de um segundo e podem ficar grudadas na borda de plástico, mesmo com um espirro a três metros de distância. E assim podem ser ingeridas durante a respiração.

É o que também ocorre com as partículas da pessoa equipada que vão para o ar. Como o face shield não cobre completamente o rosto, ele permite que as gotículas do nariz e da boca escapem.

Uma simulação de computador japonesa constatou que quase todas as gotículas aéreas menores que cinco micrômetros de tamanho escaparam pelo visor ao falar e respirar. O mesmo ocorreu com metade das gotas de 50 micrômetros de tamanho, emitidas por tosses e espirros.

Já o uso de duas máscaras, como a Tatá fez, são recomendadas. Ao utilizar uma de pano, por baixo, e uma cirúrgica, nos modelos PPF2/N95, por cima, é possível inibir 95% das emissões, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos — órgão regulador dos estabelecimentos de saúde do país.

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