O distúrbio, caracterizado por fases de euforia e depressão, atinge cerca de oito milhões de pessoas no Brasil
Presente em cerca de 4% da população adulta mundial, o transtorno bipolar é marcado pela alternância, às vezes de imediato, entre episódios de depressão e euforia. Essas crises podem variar em intensidade, duração e frequência — existem quatro tipos diferentes do distúrbio.
Segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), aproximadamente 8 milhões de brasileiros convivem com o problema. As primeiras crises costumam ser em pessoas na faixa dos 20 a 30 anos.
As causas ainda não são clara, mas estudos apontam que o distúrbio pode estar relacionado a fatores genéticos, alterações no cérebro e em hormônios do humor.
Algumas condições aumentam as chances de surgimento do transtorno bipolar em quem tem predisposição. São elas: estresse prolongado, problemas na tireoide, uso de remédios que inibem o apetite, mulheres durante a amamentação e episódios frequentes de depressão.
A depressão durante as crises do transtorno bipolar é caracterizada por:
- Alterações de apetite;
- Fadiga;
- Apatia;
- Tendência a se isolar;
- Ansiedade e irritabilidade;
- Agitação;
- Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio (mais comuns no transtorno bipolar tipo 1, o mais grave).
Já os períodos de euforia, chamados de mania ou hipomania (versão mais leve), envolvem:
- Grande agitação;
- Aumento da autoconfiança e otimismo exagerado;
- Pensamento acelerado;
- Disposição para realizar diversas coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá-las;
- Diminuição da necessidade de sono;
- Irritação.
O transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui o uso de diversos medicamentos, além de acompanhamento com psicólogo e psiquiatra e mudanças no estilo de vida (desenvolvimento de hábitos saudáveis na alimentação, no sono e redução do estresse).
O diagnóstico do transtorno bipolar é clínico, dado por profissionais de saúde mental. Em geral, ele leva dez anos para ser concluído, porque pode ser confundido com outros distúrbios como ansiedade, depressão, esquizofrenia e síndrome do pânico. Ao identificar os sintomas, procure seu médico!