Hemofilia

Dia Mundial da Hemofilia: saiba como identificar a doença

Quase 13 mil pessoas lidam com a condição no Brasil, o quarto país com mais casos no mundo; tratamento é oferecido gratuitamente por meio do SUS

No último sábado (17), foi celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Hemofilia. Há mais de 30 anos, a data pretende disseminar informações sobre o tema e outras complicações hemorrágicas hereditárias. Essa doença genética rara, que está presente em quase 13 mil brasileiros, afeta a coagulação do sangue e não tem cura.

Em 2021, a campanha no Brasil tem como tema “Dominando a Hemofilia: construindo conhecimento para um melhor tratamento”. O objetivo é incentivar as pessoas com hemofilia e seus familiares a buscarem informações sobre o tratamento, uma vez que o acesso fora dos grandes centros urbanos ainda é um desafio no país, que é o quarto com mais casos no mundo.

Essa condição rara, na maioria das vezes é hereditária e afeta quase exclusivamente homens. As pessoas já nascem com a alteração no cromossomo X, que causa a doença não contagiosa. Com isso, algumas proteínas no corpo humano não são sintetizadas, gerando uma dificuldade em parar os sangramentos naturalmente.

Já nos primeiros anos de vida, o problema pode gerar sangramentos prolongados sob a pele, dando origem a equimoses (manchas roxas), que ficam mais evidentes quando a criança passa a andar e, consequentemente, cair.

O problema também se manifesta internamente, nos músculos e articulações, principalmente dos tornozelos, joelhos e cotovelos, podendo causar dores e inchaços se o sangramento não for tratado em tempo hábil.

Dependendo da gravidade, os sintomas podem causar restrições no movimento a ponto de levar a uma deficiência física. Nos casos mais graves, o sangue se dá espontaneamente, já na hemofilia leve, o problema de coagulação surge após traumas ou cirurgias.

Com o tratamento, que pode ser contínuo em alguns casos, é possível controlar os sangramentos e os sintomas. Ele é disponibilizado gratuitamente nos hemocentros ou Centros de Tratamento de Hemofilia (CTH), por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e consiste na aplicação venosa da proteína que está em falta no paciente.

Quanto mais cedo for diagnosticada a doença, menores são os riscos. A medicação da hemofilia é muitas vezes confundida com a transfusão de sangue, mas são questões diferentes.

Ao notar qualquer sintoma, procure atendimento médico.

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