O diagnóstico precoce é a melhor forma de tratamento. Diferente dos cânceres em adultos, não há um exame preventivo
Na semana marcada pelo Dia Internacional de Luta Contra o Câncer Infantil, celebrado no dia 15 de fevereiro, é importante alertar a sociedade para esse problema frequente no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que sejam diagnosticados 8.460 novos casos a cada ano no período entre 2020-2022.
O diagnóstico precoce é a melhor forma de tratamento. Como não há um exame preventivo como a mamografia e o exame de próstata nos adultos, a atenção para os sinais da doença deve ser redobrada. O câncer em crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, é outra situação, aponta Renata Barra, oncologista do Hospital Oncológico Infantil, em Belém (PA):
“No adulto, há a prevenção por conta dos fatores de risco, como sedentarismo, má alimentação, bebida e cigarro. Não há essa prevenção na oncopediatria. O que temos é a prevenção secundária, que são os diagnósticos precoces, a partir dos sinais e sintomas”. São eles:
> Dores de cabeça recorrentes acompanhadas com vômito e náuseas;
> Aumento ou inchaço no abdômen;
> Protuberância ou massa em qualquer local do corpo;
> Hematomas ou sangramentos não relacionados com traumas;
> Palidez, cansaço, fraqueza ou sonolência;
> Perda de peso contínua.
A especialista explica que há alguns cânceres mais comuns em crianças e adolescentes. “A leucemia, que se dá no sangue, é provocada pela diminuição dos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Com menos frequência aparecem os tumores nos ossos e os linfomas”.
As causas dos cânceres em jovens não são bem definidas. O que ocorre é que cada jovem pode ter a doença por conta de mutações genéticas.
Fábio de Simone Piccoli, oncologista pediátrico do Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém (PA), explica que o cuidado com a alimentação dos jovens não pode ser descartado. “Alimentos industrializados, com muitos corantes e conservantes, ainda estão entre os principais vilões. Assim como outros fatores, como o estresse no ambiente familiar”.
