Maio Amarelo: Mesmo durante a pandemia, Metropolitano continua o alerta sobre aos acidentes de trânsito

Especializado no atendimento de casos de trauma de média e alta complexidades, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua (PA), mantém o trabalho na prevenção e sensibilização da população sobre os riscos do trânsito mesmo durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Apesar do isolamento social, o Metropolitano pretende incentivar a redução no número de internações. Apenas em 2019, os acidentes de trânsito foram a causa da admissão de 4.369 pacientes no hospital.

Desse total, 1.838 foram em decorrência de complicações no trânsito, causadas por colisões de automóveis; 1.562 pacientes que se acidentaram com motocicletas; e 727 pessoas atropeladas. Os dados mostram ainda que, o acidente de trânsito é a principal causa de mortes de pessoas entre 15 e 29 anos.

Por conta da pandemia do novo coronavírus, o Hospital que sempre realiza campanhas nas ruas da Região Metropolitana de Belém, fará atividades na recepção da Unidade. As ações ocorrem na próxima sexta-feira, 22, com palestras, folhetos informativos e jogos sobre prevenção no trânsito, para as crianças, visitantes e acompanhantes.

As atividades são alusivas à campanha Maio Amarelo, que ajuda a reforçar os projetos da Unidade, que é gerenciada pela Pró-Saúde, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O movimento foi criado após estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), que definiu o período entre 2011 e 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”.

A rotina continua quanto às orientações para um trânsito melhor

O coordenador médico do Pronto Atendimento do HMUE, José Guataçara, explica que o Maio Amarelo é importante, mas a pauta sobre o assunto é debatida durante os doze meses do ano. “Só porque o fluxo de carros está menor, muitos pensam que temos que relaxar. A rotina continua quanto às orientações para um trânsito melhor. Devemos respeitar as leis, usar capacete, não ingerir bebidas alcoólicas e depois pegar no volante. Temos que sempre lembrar disso”, esclareceu.

Uma dessas vítimas foi o Raimundo Preste da Silva, de 48 anos, que recorda dos momentos que passou ao lado do amigo. “No dia do fato eu estava com meu amigo na moto, mas ele morreu na hora. Por isso eu digo que ‘nasci de novo. Sou um milagre de Deus’. As pessoas precisam obedecer às leis de trânsito e andar sem pressa”, lembrou emocionado.

Informações Ministério da Saúde mostram que os acidentes no trânsito deixaram mais de 1,6 milhão de brasileiros feridos nos últimos dez anos, e representaram um custo de cerca de R$ 2,9 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o gerente assistencial do HMUE, Romerito Margotti, o tempo médio de internação de uma vítima de acidente de trânsito é de 9 a 18 dias, com diárias que podem chegar a R$ 3.695 na Unidade. “Nós estamos falando de um valor diário de um paciente apenas, então imagina se multiplicarmos para 4.369, que foi o número de atendidos no Metropolitano no ano passado. Além de salvar vidas, as ações que o Metropolitano realiza reflete diretamente nos gastos mensais da unidade”, destaca Margotti.

Graças ao trabalho dos profissionais do Hospital Metropolitano, em colocar em pauta a segurança viária, os resultados têm sido positivos. Além de atender a população após um acidente de trânsito, várias ações de prevenção e sensibilização são criadas sobre o tema.

O diretor hospitalar do Metropolitano, Itamar Monteiro, destaca que o objetivo do HMUE é reduzir ainda mais os acidentes de trânsito e o número de internações. “A Unidade busca a redução do número de acidentes de trânsito. As campanhas tanto de palestras educativas nas escolas quanto panfletagem, na rodovia BR-316, são apenas algumas das muitas iniciativas que buscam conscientizar as pessoas quanto a segurança no trânsito”, explicou.

Outros programas do HMUE

Durante todo ano, o HMUE realiza diversas outras ações em relação aos riscos da direção perigosa. Os mais conhecidos são: “Direção Viva” e o “Quero Andar de Moto Até Morrer e Não Morrer Andando de Moto”.

A ação “Direção Viva” tem a finalidade de sensibilizar os condutores que trafegavam na Rodovia BR-316. A ideia é abordar os motoristas, apresentando panfletos e mostrando informações que levam a reflexão quanto aos riscos da direção perigosa.

Aos longos dos últimos anos, o projeto se estendeu para outros locais, como missas, caminhadas em memórias às vítimas de trânsito e exposição de memorial. As ações já atingiram milhares de pessoas e contribuiu para a diminuição no número de acidentes de trânsito na Região Metropolitana e cidades interioranas.

Outro programa da Unidade é o “Quero Andar de Moto Até Morrer e Não Morrer Andando de Moto”. O projeto tem foco na conscientização dos efeitos da imprudência no trânsito e a redução de custos, com otimização da assistência.

O médico José Guataçara lembra que os fatores que mais causam acidentes é o uso do celular, consumo de álcool, excesso de velocidade, vulnerabilidade no trânsito, e no caso de motos, falta do uso de capacete.

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