Placa de Mobilidade

Hospital Regional da Transamazônica cria placa que auxilia na recuperação da mobilidade de pacientes

A solução gráfica estimula e empodera os pacientes em relação à sua evolução no tratamento, além de sinalizar para a equipe assistencial o estágio de cada caso

A atuação da fisioterapia na recuperação de um paciente é imprescindível. Seja por meio de exercícios de mobilidade ou respiração, esta especialidade integra uma equipe multiprofissional de assistência, que visa dar mais comodidade e auxiliar na reabilitação de pacientes internados.

Com o intuito de humanizar o processo de reabilitação, empoderar o paciente sobre sua evolução, e possibilitar um acompanhamento detalhado do processo de assistência, o Hospital Regional Público da Transamazônica, gerenciado pela Pró-Saúde em Altamira, desenvolveu o projeto “Placa de Mobilidade”.

A placa é uma solução de design thinking, metodologia de desenvolvimento de produtos e serviços focados nas necessidades, desejos e limitações, que propõe novas abordagens e soluções criativas para os problemas.

O projeto do HRPT consiste em uma representação gráfica com quatro estágios diferentes, que é atualizado conforme a evolução do estado funcional de cada paciente.

Ao todo, 64 leitos das clínicas cirúrgica, médica, pediátrica e pronto atendimento, voltados para pacientes que sofreram algum tipo de trauma ou que passaram por um procedimento cirúrgico no hospital, receberam as placas.

De acordo com Elays Marinho, fisioterapeuta da unidade, que pertence ao Governo do Estado, nas placas de mobilidade constam as seguintes descrições/evoluções: Dependente, Sedestação, Ortostatismo e Deambulação.

“Dependente é o primeiro estágio, em que o paciente depende integralmente da equipe assistencial para suas atividades; o sedestação significa que o paciente consegue sentar e ficar em repouso sentado; ortostatismo, é a capacidade de ficar em pé em posição ereta; e por fim, temos o estágio de deambulação, que é a principal meta, com o paciente já caminhando”, explica a profissional.

Essas descrições são acompanhadas de um desenho, que mostra a evolução do paciente durante o período de internação. Para que essa evolução aconteça, a atuação dos fisioterapeutas é essencial, por meio da realização de exercícios específicos, que auxiliam recuperação.

Segundo a fisioterapeuta do Hospital Regional Público da Transamazônica, os exercícios de mobilidade têm como objetivo melhorar a funcionalidade física, respiratória e reduzir as incapacidades motoras ocasionadas pelas enfermidades e o período de internação.

“O paciente passa por uma avaliação de estado funcional com a equipe multiprofissional, assim, conseguimos identificar o problema e se será necessário realizar fisioterapia, e neste caso, se motora ou respiratória. A partir daí, aplicamos os exercícios indicados para aquela enfermidade”, explica Elays.

Seu Darci Mazzola, de 68 anos, conhece de perto a importância desta reabilitação. Ele deu entrada no hospital no dia 31/10, para realizar uma apendicectomia, procedimento cirúrgico para retirada do apêndice. Após a cirurgia, por conta de seu quadro clínico, apresentou queda de saturação e precisou receber oxigenação.

“Como ele passou por uma cirurgia, precisava ficar de repouso e em observação. Com a queda da saturação, ele ficou no oxigênio por alguns dias, mas saiu e, com a atuação da equipe multiprofissional, hoje já estávamos deambulando (caminhando) pelo hospital. É uma grande vitória, porque ele está respirando muito bem e já consegue andar”, destaca a fisioterapeuta.

Para o acompanhante Wagner Mazzola, sobrinho do idoso, a evolução do tio trouxe tranquilidade para a família, que mora no distrito de Castelo dos Sonhos. Ele pôde acompanhar a evolução do quadro clínico do paciente de forma simples e acessível, com a placa instalada na frente do leito. “Foi um susto para todos nós da família, mas agora ele está se recuperando muito bem e já está até com previsão de alta”, celebra Wagner.

O Regional da Transamazônica é reconhecido nacionalmente entre os melhores hospitais públicos do Brasil e possui a certificação ONA 3 Acreditado com Excelência, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), reconhecimento que atesta a qualidade dos serviços prestados à população no interior do Pará.

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