Após 10 anos e 5,4 milhões de atendimentos, Pró-Saúde encerra gestão do Hospital Metropolitano

Atuação da entidade, desde 2012, ampliou a referência da unidade hospitalar para o Norte do Brasil.

A Pró-Saúde encerrou, nesta segunda-feira, 5 de dezembro, a gestão do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua. A data, inicialmente prevista para o dia 11, foi antecipada unilateralmente por parte do Governo do Estado.

Com uma década de atuação da entidade filantrópica à frente da unidade hospitalar, o Metropolitano se consolidou como a principal referência na para traumas e queimados – com o único Centro de Tratamento para Queimados (CTQ) público do Pará –, na Região Norte.

Desde 2012, foram mais de 5,4 milhões de atendimentos, entre internações, cirurgias, exames laboratoriais e por imagem, atendimentos multiprofissionais e consultas ambulatoriais.

Ao longo de dez anos, a gestora hospitalar soma conquistas relevantes no cenário nacional, como a implementação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), que possibilitou a captação de mais de 600 órgãos na unidade, entre eles, córneas, rins e fígado.

Um dos principais reconhecimentos obtidos pela gestão foi o prêmio InovaSUS, concedido pelo Ministério da Saúde ao projeto do Laboratório de Tecnologia Assistiva (Labta). Além deste, o HMUE recebeu a certificação ONA 2 Acreditado Pleno, concedido pela Organização Nacional de Acreditação. A unidade também foi destaque em sustentabilidade, ao receber o prêmio nacional “Amigo do Meio Ambiente”.

“Desde o início da atuação no Hospital Metropolitano, a Pró-Saúde concentrou seus esforços na implementação de ações significativas, tanto para os pacientes, quanto para os mais de 1.300 colaboradores e mais de 300 médicos”, afirma o diretor Hospitalar, Thiago Zaché.

Com números que impressionam – como cerca de meio milhão de atendimentos por ano –, a missão da entidade filantrópica à frente da unidade hospitalar é marcada por uma trajetória baseada na excelência.

“Estou aqui desde o início, é quase uma vida inteira. Com a chegada da Pró-Saúde, em 2012, acompanhei diversos avanços, desde estrutural, com a abertura de setores e espaços que antes não tinham, e a ampliação do corpo funcional, com a chegada de novos profissionais”, conta Denise Oliveira, assistente social da unidade desde 2006.

“É até difícil lembrar do Metropolitano antes da Pró-Saúde. São diversos diferenciais, mas com a entidade, não só eu, mas muitos puderam crescer em diversas áreas e se tornarem líderes. Isso não tem preço, foi um ganho enorme”, destaca a analista do Núcleo de Educação Permanente (NEP),Telma Mendes, contratada em 2012 como auxiliar administrativo.

Para ela, o reconhecimento e a progressão funcional, pilares fomentados pela Pró-Saúde, também somam aos benefícios trazidos pela administração da entidade.

“Iniciamos nossa gestão meio à um cenário desafiador. Com a expertise de uma entidade com mais de 55 anos e processos de excelência, rapidamente o HMUE se consolidou como uma referência para toda a região Norte, com certificações e premiações de destaque”, ressalta Alba Muniz, diretora Operacional da Pró-Saúde.

 

Atuação especializada

No período mais grave da pandemia da Covid-19, o Hospital Metropolitano abriu leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para atender vítimas da doença, cumprindo um importante papel no enfrentamento ao vírus. Entre maio e junho de 2020, foram mais de 200 pacientes atendidos.

Além de cuidar da população paraense, a unidade criou também o “Projeto Vidas que Importam”, para promover acolhimento e prestar assistência em saúde aos colaboradores, evidenciando a importância do trabalho realizado diariamente.

“Implementamos continuamente processos e rotinas de trabalho para organizar e agilizar o atendimento. Mesmo em momentos de dificuldade, como a pandemia, não deixamos nossos pacientes e colaboradores descobertos”, complementa Thiago Zaché.

Outro destaque é o Centro de Tratamento para Queimados, que realizou ao longo de dez anos cerca de 220 mil atendimentos, trazendo inovações para fortalecer a assistência prestada aos pacientes, como a “Game” e “Pet” terapias, o curativo a vácuo – com produção feita dentro do hospital –, além de articulação e treinamento para transplante de pele, e o lançamento de e-books gratuitos de orientação.

 

Humanização e cuidado

Outra marca da gestão da Pró-Saúde é a humanização, um de seus valores institucionais. No Metropolitano, diversos projetos e campanhas fortaleceram os laços da assistência, como o “Cine Metrô”, voltado para a exibição de filmes para minimizar o estresse no processo de internação; o “Direção Viva”, com ações de prevenção a acidentes de trânsito; e o “Prontuário Afetivo”, com informações personalizadas, como time de futebol, animal de estimação e outros detalhes da vida cotidiana do paciente.

“São ações que possibilitam um diálogo mais próximo com os pacientes e, também, representam o cumprimento do direito constitucional do paciente em receber um atendimento digno. A relação deixa de ser somente técnica, para ser uma relação entre pessoas. Isso faz uma enorme diferença”, lembra Natália Failache, coordenadora de Psicossocial do HMUE.

Treinamentos e campanhas, como a Semana de Enfermagem e de Farmácia; comemorações dos aniversariantes; Campanha de Prevenção ao Suicídio; Treinamentos e oficinas sobre correta higiene das mãos e de salvamento, entre outras, sempre estiveram presentes no cronograma de ações.

“A palavra ‘cuidado’ resume todo o esforço coletivo empregado nesta gestão. Estivemos aqui dentro para exercer o nosso papel de amparar os pacientes. Com as ações internas, o cuidado foi estendido, também, para o nosso time de profissionais”, enfatiza Josieli Ledi, diretora Assistencial do hospital.

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