Por que as doações de órgãos são tão importantes?

Uma única pessoa pode salvar mais de oito vidas; Veja os critérios para quem pode ou não doar

A doação de órgãos proporciona o prolongamento da expectativa de vida de pessoas que precisam de um transplante, permitindo o restabelecimento da saúde e, por consequência, a retomada das atividades normais. Devido ao número de partes do corpo que podem ser cedidas, cada doador pode salvar oito vidas ou mais.

Existem dois tipos de doações, as de órgãos (fígado, coração, pâncreas, rim e pulmão) e de tecidos (córneas, medula óssea, pele, entre outros). Elas podem ser feitas após a morte ou até mesmo em vida, dependendo do órgão ou tecido doado.

O procedimento de doações de órgãos funciona como uma cirurgia tradicional. Para realizá-la é necessário por lei uma autorização familiar, portanto é sempre importante reforçar esse desejo aos parentes ainda em vida.

Com o intuito mobilizar novos doadores e levar informações sobre o tema à população, foi criada a campanha Setembro Verde, que acontece todos os anos. O mês foi escolhido em decorrência do Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de Setembro.

Somadas, as doações de órgãos e tecidos possibilitaram que 27.688 transplantes fossem realizados em 2019, de acordo com o Ministério da Saúde.
96% desses procedimentos são custeados pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o que faz o Brasil ter o maior sistema público de transplantes do mundo e ser o segundo em total de cirurgias realizadas.

Entretanto, por conta da pandemia, as doações de órgãos caíram 6,5% em comparação com primeiro semestre do ano passado. Uma das causas foi a paralisação das cirurgias em muitos locais.

Com a queda no número de casos graves da Covid-19, a rotina das unidades hospitalares está se normalizando, como é o caso do Hospital Regional do Baixo Amazonas, administrado pela Pró-Saúde em Santarém (PA), onde os transplantes já foram retomados.

Em junho, cerca de 40 mil brasileiros aguardavam por um transplante. Veja se você é um possível doador:

Doadores vivos:

Qualquer pessoa com mais de 18 anos e boas condições de saúde é um potencial doador de órgãos. Para isso, é necessária uma avaliação clínica que verifica se há condições de saúde para suprir a ausência dessa parte do corpo. Doadores vivos podem ceder um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão, para familiares de até quarto grau. Para não parentes é necessária uma autorização judicial.

Após o óbito:

Só é permitido doar órgãos de pessoas que tiveram morte encefálica. Após uma avaliação das causas do óbito, qualquer tipo de doação pode ser feita. Não é possível escolher quem irá recebê-los e depende da autorização de um familiar.

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