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O que se sabe sobre as vacinas contra o novo coronavírus aprovadas pela Anvisa?

CoronaVac e a vacina de Oxford são aprovadas para uso emergencial no país; vacinação já começou em todas as regiões do país

Neste domingo (17/1), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou para uso emergencial duas vacinas contra a covid-19, permitindo o início da imunização no país.

Inicialmente, as doses serão direcionadas para profissionais da saúde, pessoas de 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência, indivíduos com deficiência que vivem em instituições de longa permanência e a população indígena aldeada.

Informações sobre demais grupos, datas e locais de vacinação devem ser divulgados em breve, por meio do plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, do governo federal.

Tanto a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, como a vacina da Universidade de Oxford, desenvolvida no Reino Unido em parceria com o laboratório AstraZeneca, ultrapassam o mínimo de eficácia solicitado pela Organização Mundial da Saúde, que é de 50%.

O Instituto Butantan foi responsável pela importação de seis milhões de doses da CoronaVac e também produz o imunizante. Já a vacina britânica, está sendo produzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), e aguarda a importação de dois milhões de doses, produzidas pelo laboratório Serum, na Índia.

A autorização da Anvisa, no entanto, é válida para essas oito milhões de doses, sendo que cada vacina necessita de duas doses para sua eficácia completa. Para novos lotes do imunizante, serão necessárias novas análises do órgão.

As duas imunizações possuem diferentes métodos de formulação: a Coronavac usa uma versão inativada do vírus, já a de Oxford tem como base o fator viral. Até o momento, elas não apresentaram efeitos colaterais graves.

CoronaVac

O Instituto Butantan, que pertence ao Governo do Estado de São Paulo, já solicitou à Anvisa o registro de mais 4,8 milhões de doses. O órgão pretende disponibilizar, ao todo, 46 milhões de doses da vacina, até o final de março.

Com 50,38% de eficácia contra a infecção pela covid-19, a vacina é considerada boa pela comunidade científica. Também foi apontado que a CoronaVac tem 78% de prevenção ao desenvolvimento de casos leves da doença e 100% contra casos graves.

São indicados 14 dias de intervalo entre a aplicação das doses, e o reforço não pode ultrapassar o período de 28 dias. Entretanto, ainda não é possível avaliar a quantidade de anticorpos produzidos e a duração da imunização. Por isso, a Anvisa autorizou o uso da CoronaVac sob a assinatura de um termo de compromisso e o Instituto Butantan deve entregar as informações pendentes até o dia 28 de fevereiro.

Oxford

Estudos realizados em diversos países indicam uma eficácia média de 70,4%, sendo que esses índices variaram de 62% a 90%. No momento, os dados não são suficientes para apontar a eficácia em idosos e se o contaminado desenvolverá formas graves da doença, embora a Anvisa destaque que a tendência é de que a vacina seja favorável para impedi-las.

Ainda não se sabe também o tempo ideal entre as doses, porém a imunização se mostrou mais eficaz em um intervalo de oito a doze semanas – mais dados serão disponibilizados em breve.

Mas, fique atento! Apesar do inicio da vacinação, é fundamental manter todos os cuidados preventivos, como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos.

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