Peixe

Entenda a síndrome de Haff ou “doença da urina preta”

Recentemente, uma mulher faleceu em Recife por conta dessa enfermidade rara, causada pelo consumo de peixes infectados

Neste ano, cinco pessoas foram identificadas com a Síndrome de Haff em Pernambuco. A doença rara virou um dos assuntos mais comentados no Estado depois que duas irmãs, de 31 e 36 anos, foram internadas horas após comerem um peixe em Recife (PE), o arabaiana, conhecido como “olho de boi”. Uma delas não resistiu, faleceu na terça-feira passada, 2/3.

Mais três casos, dos familiares que fizeram a mesma refeição, são analisados pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Chamada popularmente de “doença da urina preta”, a infecção alimentar é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes e crustáceos — como salmão, pacu-manteiga, pirapitinga e tambaqui.

No ano passado, 45 casos também foram identificados na Bahia. A doença de Haff é caracterizada por danificar o sistema muscular, comprometendo o rim e outros órgãos. Os sintomas aparecem quase de imediato, de 2 a 24 horas após o consumo. Os sintomas principais são:

> Dor muscular e abdominal intensa;
> Fraqueza;
> Vômitos;
> Manchas na pele;
> Urina muito escura, marrom ou preta;

Quando a urina escurece, é sinal de uma insuficiência renal, complicação grave da doença de Haff. Outro agravante é o aumento da pressão arterial nos órgãos. Ambos diagnósticos podem causar óbitos.

Contudo, não dá para saber se o peixe está infectado, pois não se sabe qual toxina transmite a doença e ela não altera sabor nem cor do alimento — também não é destruída após o cozimento.

É importante procurar um serviço de saúde logo após o início dos sintomas e assim iniciar o tratamento. Normalmente é indicado que a pessoa fique bem hidratada nos próximos três dias para tentar eliminar a toxina pela urina. Analgésicos também podem ser recomendados para conter as dores, assim como diuréticos, que promovem a limpeza do organismo.

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