Leishmaniose

Entenda a Leishmaniose e saiba como se prevenir

Doença é mais comum em regiões rurais; épocas de chuva favorecem a contaminação

O clima tropical e a grande incidência de chuvas, como neste momento de inverno na região Norte e verão no restante do país, favorecem o aparecimento da Leishmaniose. De acordo com a instituição internacional Médicos Sem Fronteiras, o tipo mais grave da doença afeta 200 a 400 mil pessoas por ano — e o Brasil está entre os seis países que somam 90% dos casos.

Esta infecção é causada por insetos flebotomíneos, como o mosquito-palha, que se alimentam de sangue. Assim, eles transmitem os parasitas do gênero Leishmania. Cães e animais silvestres também podem se contaminar, servindo como vetores da doença.

A Leishmaniose se divide em dois tipos:

> Leishmaniose Cutânea: causa feridas na pele e lesões inflamatórias na parte interna do nariz e na boca, duas a três semanas após a contaminação. Pode ser curada espontaneamente.

> Leishmaniose Visceral ou Calazar: é a forma mais grave da doença. Atinge todo sistema imunológico. Mais da metade dos casos acontecem com crianças menores de dez anos.

O calazar é de evolução longa, ou seja, a infecção pode demorar de dois a oito meses para se manifestar. No entanto, se a carga parasitária é alta ou a imunidade do paciente é baixa, a doença pode ser observada de 10 a 14 dias. Os sintomas são:

> Febre irregular, baixa e prolongada;
> Anemia;
> Indisposição;
> Palidez da pele e ou das mucosas;
> Falta de apetite;
> Perda de peso;
> Inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

De acordo com a Fiocruz, 34,9% dos mais de 3 mil casos da doença que acontecem anualmente no Brasil, estão na região Norte. Isso acontece porque lugares úmidos, escuros e com muitas plantas, como a floresta Amazônica, favorecem a proliferação do mosquito-palha.

Mas fique atento, isso não significa que a Leishmaniose não se manifeste em outros locais. Nas últimas décadas, a doença tem se desenvolvido em áreas urbanas, por conta de questões como a migração de pessoas do campo para as cidades e o desmatamento. O contato com cães não vacinados e más condições de saneamento básico também estão relacionados com essa mudança.

Especialistas alertam que a Leishmaniose Visceral chega a ser fatal em 95% dos casos onde não é realizado o tratamento. Portanto, é fundamental procurar os serviços de saúde logo no início dos sintomas.

Médicos clínicos gerais e infectologistas são capacitados para realizar o diagnóstico de ambos os tipos de Leishmaniose. O tratamento é medicamentoso, geralmente com o uso de compostos Antimoniais pentavalentes e Anfotericina B.

Algumas medidas como cuidar da saúde de seus cães, evitar acúmulo de lixo dentro ou próximo à residência, utilizar telas e mosquiteiros nas casas e evitar banhos de rios ou igarapés próximos da mata, ajudam a prevenir a doença.

E lembre-se, ao identificar qualquer sintoma, busque atendimento médico.

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