Esclerose Lateral Amiotrófica

Entenda a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e seus sintomas

Doença rara do físico Stephen Hawking ainda não tem cura e as causas são desconhecidas. Diagnóstico precoce é fundamental

De causa ainda desconhecida, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença rara que afeta os neurônios e progressivamente vai comprometendo os movimentos voluntários dos músculos do corpo. Conhecida por ser a enfermidade do físico Stephen Hawking (1942-2018), sua cura não foi desenvolvida até então.

Estima-se que 0,002% da população mundial lida com a ELA e afeta cerca de seis mil brasileiros diagnosticados. A doença acomete majoritariamente pessoas com mais de 40 anos, sendo o pico de casos em idosos acima dos 75 anos. O número de homens com o diagnóstico é duas vezes maior do que o de mulheres.

Embora as causas não tenham sido descobertas, sabe-se que os casos na família e o tabagismo são fatores de risco. E infelizmente, o portador da esclerose tem sua expectativa de vida limitada. Com a perda da força e atrofia dos músculos, apenas 10% dos pacientes conseguem sobreviver por mais de 10 anos com o diagnóstico.

Ao passo que os movimentos vão sendo comprometidos, a ELA vai deixando a pessoa incapaz de falar, mastigar e até de respirar, que é a razão para a maioria dos óbitos. Com o tratamento correto, feito por médicos e de diversos outros profissionais, como nutricionistas e fisioterapeutas, é possível aumentar a longevidade e melhorar a qualidade de vida.

O medicamento Riluzol, disponibilizado gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), também auxilia no tratamento. Serve de alívio, que são raros os casos em que a esclerose afeta a capacidade intelectual do paciente. Ele é capaz de se manter lúcido, alegre e até de trabalhar e estudar — foi assim que Hawking desenvolveu teorias sobre o surgimento do universo.

A cura da Esclerose Lateral Amiotrófica está em desenvolvimento. Cientistas da Northwestern University, em Illinois (EUA), descobriram recentemente o NU-9, um composto que reverte a degeneração dos neurônios motores superiores, apesar dos inferiores também serem afetados.

É preciso se atentar aos sintomas iniciais da doença e procurar um médico assim que eles aparecerem, pois o diagnóstico precoce é o principal aliado do tratamento. São eles: fraqueza muscular, geralmente em um dos lados do corpo, acompanhada de dificuldades para engolir e respirar.

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