Baixa estatura ou nanismo

Baixa estatura ou Nanismo? Entenda as diferenças e classificações

Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), pertencente ao Ministério da Saúde, o nanismo é um transtorno caracterizado por uma deficiência no crescimento, que resulta em um indivíduo com estatura menor comparada à média populacional de pessoas com a mesma idade e sexo. Geralmente, definem homens abaixo de 1,40 metros e mulheres com menos de 1,35 metros.

Por outro lado, além de ser mais comum em crianças e adolescentes, a baixa estatura é caracterizada por condições que atrapalham o crescimento, e pela altura abaixo da média em relação à idade e sexo, ocupando o espaço entre a estatura comum e o nanismo. No Brasil, esse intervalo compreende entre 1,40 a 1,62 metros para homens e 1,35 a 1,52 metros para mulheres.

Classificações do Nanismo

Além de fazer parte das mais de 200 condições diferentes para a causa da alteração no crescimento, o nanismo é divido em duas categorias:

Nanismo Desproporcional: Nesse caso, o tipo mais comum de nanismo desproporcional é a acondroplasia. Ela é uma síndrome genética que atinge a placa de crescimento, impedindo o desenvolvimento normal de ossos longos, como o fêmur e úmero. Isso porque há o aceleramento de ossificação das cartilagens responsáveis por formar ossos, o que acarreta diferentes partes do corpo crescendo desigualmente.

Em tal contexto, quando comparada com o tamanho normal do tronco, a pessoa afetada pela síndrome acaba por apresentar pernas e braços curtos, cabeça grande e mãos pequenas.

Nanismo Hipofisário ou Pituitário: É causado por alterações metabólicas e hormonais. As modificações ocorrem, principalmente, pela deficiência na produção do hormônio do crescimento (GTH), ou pela resistência do organismo ao GTH. Nesse caso, o desenvolvimento dos órgãos do indivíduo é proporcional, apresentando apenas altura 20% inferior à média da população com mesma idade e sexo.

Classificações da Baixa Estatura

A baixa estatura pode ser dividida em três classes:

Patológica: Dividida em proporcional e desproporcional.

• Proporcional: é subdividida em origem pré e pós-natal. Encontra-se na fase pré-natal síndromes disfórmicas e de cromossopatia (alteração no número de cromossomos do feto), além do Retardo de Crescimento Intrauterino (RCIU), que ocorre quando o feto está abaixo do peso ideal. No pós-natal, são inclusas as patologias que afetam os sistemas do organismos, o psicossocial, nutricional e as endocrinopatias.

• Desproporcional: Nela há o raquitismo e as displasias ósseas (anomalia que causa deformações em um ou mais ossos).

Idiopática: Definida como uma estatura maior que dois desvios padrões abaixo da média em relação a idade cronológica, peso e comprimento do indivíduo. Sendo descartadas doenças cromossômicas, endócrinas, nutricionais ou sistêmicas.

Desvios da Normalidade: Segundo a Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (SOPERJ), 90% das queixas sobre a baixa estatura estão relacionadas com os desvios da normalidade. Eles são representados por duas divisões:

• Baixa Estatura Familiar (BEF): Está relacionado ao padrão genético de baixa estatura, ou seja, a estatura final está relacionada com o padrão familiar. Além disso, a velocidade de crescimento é normal e a idade óssea é compatível com a idade cronológica.

• Retardo Constitucional do Crescimento e Puberdade (RCCP): Nesse caso, a estatura familiar não é baixa. Há redução na velocidade de crescimento entre 1 e 3 anos de idade. Durante a adolescência já é evidenciado diferença de estatura entre os demais jovens de mesma idade e sexo.

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