Com teatro e exposição, crianças exploram a cultura paraense no Hospital Metropolitano

Além da história de príncipes e princesas, os pacientes pediátricos tiveram contato também com um cenário extraterrestre, que remete ao município de Colares, no interior do Estado

Em evento especial, realizado nesta terça-feira (21/6), crianças que estudam na Classe Hospitalar do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), localizado em Ananindeua, participaram de ações culturais que exploraram personagens de sucesso no imaginário infantil: princesas, príncipes e os extraterrestres.

A atividade ocorreu na entrada principal da unidade hospitalar, criada pelo Governo do Pará e gerenciada pela Pró-Saúde. Primeiro, os pequenos acompanharam a apresentação da peça teatral “A Princesa Luz e o Príncipe Gabriel”, escrita pelos alunos. Em seguida, todos foram “teletransportados” para a exposição “Cidade dos Extraterrestes”.

Em um ambiente decorado, com referências ao município de Colares, no interior do Pará, conhecida como a “Terra dos ETs”, mais de 15 crianças viram de perto as árvores, plantas, a nave de abdução e, claro, os extraterrestres, produzidos dentro da Classe, com o auxílio dos alunos/pacientes e uso de materiais recicláveis.

“Todo esse trabalho da Classe Hospitalar foi baseado em histórias criadas e contadas por crianças que passaram pela internação e estudaram com a gente. Inclusive, elas deram origem a um livro, que será lançado em breve”, explica Leonice Cardoso, coordenadora da Classe Hospitalar. “Reviver de forma lúdica essas histórias que fazem parte do imaginário dessas crianças, tanto capital quanto no interior, é uma oportunidade de conhecimento para todos”, complementa a coordenadora.

A pequena Ana Clara, de 12 anos, participou da programação do Metropolitano. “Foi legal ver a peça. Ainda bem que os ETs não existem”, conta a jovem, que é do município de Abaetetuba, nordeste paraense.

Para a mãe da menina, Jocilene Cardoso, 29 anos, a programação veio como uma grata surpresa. “Eu não sabia que teria essa programação hoje e logo parei para assistir com ela. É muito bom para aliviar o psicológico”, comenta. “Esquecer um pouco das dificuldades e vê-la sorrindo foi uma benção”, destaca a mãe.

“O trabalho desenvolvido na Classe Hospitalar do Metropolitano é de extrema importância para o desenvolvimento dessas crianças em suas vidas acadêmicas e, também, na trajetória do cuidado dentro do hospital, agindo também para minimizar sentimentos negativos, como o medo e a tristeza”, pontua a diretora Assistencial, Josieli Pinheiro.

Classe Hospitalar

Criada em 2009, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o projeto “Classe Hospitalar” oferece atendimento educacional especializado, no leito e em sala, com assessoramento pedagógico, para crianças que cursam do ensino infantil até o 9º ano do ensino fundamental.

Desde a implantação na unidade, a Classe Hospitalar do Metropolitano já ofereceu educação para quase oito mil crianças em tratamento.

“Mais que oportunizar que as crianças internadas estudem, a missão da Classe é fazer isso de forma humanizada e lúdica, com a interação de pais, professores e alunos, a fim de garantir que o vínculo com a escola jamais seja encerrado”, enfatiza Leonice.

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