Açúcar

Você sabe as diferenças entre os açúcares?

O consumo excessivo de açúcar pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade, diabetes e outras doenças crônicas, especialmente em pessoas com fatores de risco cardiovascular

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de açúcar não ultrapasse 50 gramas por dia – o ideal seria ficar com 25 gramas, ou 5% das calorias diárias.

De acordo com o Ministério da Saúde, os brasileiros consomem, em média, 80 gramas diárias, o que representa cerca de 18 colheres de chá.

Elaine Caetano, nutricionista do Hospital 5 de Outubro (HCO), gerenciado pela Pró-Saúde, em Canaã dos Carajás (PA), explica a diferença entre os principais açúcares.

“Dentre os diferentes tipos de açúcar, os que possuem menor processamento são sempre mais indicados para uma alimentação saudável, como o coco, o mascavo e o demerara”, explica.

Os açúcares mais refinados são os mais prejudiciais à saúde, pois passam por processamentos químicos em sua elaboração.

Ainda de acordo com a profissional, mesmo os tipos de açúcar com menor processamento deve ser utilizados com moderação, pois apresentam alto valor calórico.

“Todos os tipos de açúcar são bastante calóricos e tem o poder de aumentar muito rapidamente a glicose no sangue. Portanto, independentemente do processamento, o produto deve ser utilizado com moderação”, ressalta a nutricionista.

O consumo excessivo de açúcar pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade, diabetes e outras doenças crônicas, especialmente de indivíduos com fatores de risco cardiovascular.

Saiba quais são os tipos de açúcares

• Açúcar de coco: É um substituto do açúcar de cana, extraído do fluido das flores da palma de coco, que não passa por refinamento. Além disso, não contém conservantes. O açúcar de coco possui elevada quantidade de potássio, magnésio, zinco e ferro e é fonte natural de vitaminas B1, B2, B3 e B6. Apresenta baixo índice glicêmico, sendo digerido mais lentamente.

• Açúcar mascavo: É a forma mais bruta de extração do açúcar da cana, retirado depois do cozimento do caldo da cana. Como não passa por refinamento, o açúcar mascavo apresenta coloração mais escura e sabor mais encorpado, semelhante ao da cana-de-açúcar. Sem refinamento, são preservados os minerais como cálcio, ferro, zinco, magnésio e potássio, e as vitaminas.

• Açúcar demerara: Passa por um refinamento leve e não recebe nenhum aditivo químico, por isso seus grãos são marrom-claros. Possui valor nutricional alto, parecido com o do açúcar mascavo.

• Açúcar refinado, também conhecido como açúcar branco: Durante o processo de refinamento, são acrescentados alguns aditivos químicos, como enxofre, para dar a coloração branca. Nesse processo, porém, acontece a remoção total dos nutrientes, sendo adicionado enxofre para deixá-lo mais branco e saboroso.

Açúcar X Crianças

Crianças até os 2 anos não devem consumir açúcar ou alimentos adoçados para não atrapalhar o desenvolvimento do paladar saudável.

“Os açúcares são considerados “estimuladores” das papilas linguais responsáveis pelo gosto, e acabam competindo com sabores menos intensos”, disse explicou a nutricionista.

Outra preocupação é o aumento da hiperatividade com redução na capacidade de concentração e irritabilidade. O alto consumo de doces, balas e refrigerantes pode aumentar a concentração de insulina e adrenalina no sangue, que em excesso provocam ansiedade, excitação e dificuldade de concentração nas crianças.

Açúcar natural nos alimentos

Por outro lado, a nutricionista enfatiza que não há necessidade de evitar açúcares presentes naturalmente nos alimentos.

Frutas, vegetais e laticínios contêm naturalmente pequenas quantidades de açúcar, mas também têm fibras, nutrientes e vários compostos benéficos, que fornecem energia e ao mesmo tempo nutrem a criança com proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas, minerais e compostos bioativos.

“A atenção dos pais deve estar nos produtos industrializados, pois a maior parte do açúcar consumido hoje está ‘escondido’ nos alimentos processados”, finalizou.

Hospital 5 de Outubro

Fundado pela mineradora Vale, o Hospital 5 de Outubro possui estrutura de pequeno porte, com capacidade para atender casos de até média complexidade.

Diante da pandemia, a unidade ampliou o número de leitos, equipamentos e profissionais, reforçando a estrutura de atendimento em uma região remota do país, em meio à floresta Amazônica.

Em 2020, o hospital realizou mais de 340 mil atendimentos entre consultas ambulatoriais, exames, internações e cirurgias. Ao longo do ano, também foram realizados 323 partos. A qualidade assistencial obteve reconhecimento dos usuários, que alcançou índice de 91% de satisfação no ano passado.

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