“Sino da Vitória” é tocado pela primeira vez no Hospital Oncológico Infantil

Comemorar. É sempre importante quando se conquista algo muito esperado ou quando se realiza um sonho. Para quem está na luta contra um câncer, superar cada uma das etapas do tratamento, é sempre motivo de celebração. Para um grupo de dez crianças e adolescentes que fazem tratamento no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém (PA), a semana encerrou com uma celebração pelas vitórias no tratamento.

Elas foram as primeiras a tocar o “Sino da Vitória”, inaugurado nesta sexta-feira (19) pelo Hospital gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, em uma cerimônia marcada pela diversão de tocar o sino para os mais novos e pela emoção para os adolescentes.

“Foi muito emocionante. Acabei relembrando tudo que passei e poder compartilhar esse momento com outras crianças ao lado, foi um momento único porque não é qualquer um que ganha uma batalha dessa”, conta o adolescente Igor Correa, hoje com 19 anos, e há 6 fora de tratamento, depois de vencer uma leucemia.

Assim como o Igor e as nove crianças e adolescentes que tocaram o Sino, outras 490 estão atualmente fora de tratamento. Além delas outras 260 estão em tratamento regular, com consultas e quimioterapias semanais, esperam poder receber esse diagnóstico para poder tocar o sino.

É o que também espera a Diretora Hospitalar do Oncológico Infantil, Alba Muniz. “Eles passam por tantas lutas. São crianças que enfrentam batalhas para gente grande e quem vive com eles como familiares, funcionários do Hospital e voluntários quer comemorar essa mudança. Agora que temos o Sino, esperamos ouvir esse toque por muitos e muitos anos”, ressalta a diretora.

Referência

Atualmente, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo é a referência para o diagnóstico e tratamento especializado gratuito para crianças e adolescentes com câncer no Pará e estados vizinhos como o Amapá. Inaugurado em outubro de 2015 e gerenciado pela Pró-Saúde por meio de contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde do Pará (Sespa), o hospital atende cerca de 800 crianças e já um dos maiores do país em números de atendimentos realizados exclusivamente para a oncologia pediátrica. Em três anos, foram 602 casos diagnosticados, com mais de 800 mil atendimentos realizados, entre eles 87.384 sessões de quimioterapia e 41.049 consultas, com um índice de aprovação atual de 98% dos usuários.

Câncer infantojuvenil em números

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o final deste ano, cerca de 12 mil novos casos de câncer deverão ser diagnosticados em crianças e adolescentes com faixa etária de 0 a 19 anos, no Brasil.

A região Norte deve ter o menor número de registros, com estimativa de 1.200 ocorrências, seguida pelas regiões Sul (1.300), Centro-Oeste (1.800), Nordeste (2.900) e Sudeste (5.300). Os casos de leucemia predominam nessa faixa etária, com 26% dos casos, seguido por linfomas e tumores do sistema nervoso central (SNC).

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