Semana de Farmácia do Hospital Regional de Santarém aborda uso correto de medicamentos e a segurança do paciente

O Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, realizou no período de 20 a 22 de janeiro a 2ª Semana de Farmácia Hospitalar. Com palestras, mesa redonda, cursos e videoaula, o evento abordou a entrega de valor da farmácia clínica para a sociedade, com orientações necessárias para aprimorar a segurança do paciente.

O encontro, que reuniu profissionais internos e de outras instituições, debateu a atuação farmacêutica na promoção do uso racional de medicamentos antimicrobianos (Programa Stewardship) e combate ao desenvolvimento de bactérias multirresistentes. “Buscamos fazer uma abordagem minuciosa aos erros que podem ser evitados pelo profissional farmacêutico, preconizados pela Meta 3, que dispõe sobre a melhoria da segurança da prescrição, no uso e na administração de medicamentos”, destaca a coordenadora de Farmácia do Hospital, Sândrea Queiroz.

O presidente da Sociedade Brasileira de Farmácia Clínica Regional do Pará, o farmacêutico Patrick Luís da Cruz de Sousa, representou o Conselho Federal de Farmácia (CFF), e proferiu palestra sobre o empoderamento dos farmacêuticos clínicos com tecnologia. “Os farmacêuticos podem utilizar ferramentas tecnológicas simples na sua prática clínica, disponíveis em smartphones, por exemplo, introduzindo bases de dados e conhecimentos de protocolos e algoritmos de manejo clínico de doenças, bem como, análises de interações medicamentosas. Essa já é uma realidade cada vez mais presentes em nossa rotina de trabalho e qualifica a assistência ao usuário do SUS trazendo mais segurança ao paciente”, recomenda.

O Regional do Baixo Amazonas é uma unidade do Governo do Estado, sendo gerenciado pela Pró Saúde desde 2018. A unidade tem avançado e conquistado resultados no desenvolvimento da farmácia clínica, através de uma evolução técnica em qualidade, segurança e resolutividade, envolvendo as equipes multidisciplinares.

Representando o Governo do Estado, a coordenadora de Saúde do Centro Regional de Governo disse que o foco da administração estadual é fortalecer essa ligação e essa valorização dos profissionais fomentando melhorias no serviço de saúde. “Estes eventos são essenciais para a capacitação e valorização destes profissionais dentro da sociedade. A farmácia clínica vai desde a observância do olhar farmacêutico no tratamento do paciente, passando pelo princípio da economicidade dentro da gestão de saúde pública, e levando melhor atendimento aos usuários, possibilitando um tratamento mais imediato”, destacou a farmacêutica Talita Cunha.

Redução de gastos e mais qualidade no atendimento

Em setembro de 2019, com a implantação do Programa Stewardship, que visa o uso racional de medicamentos antimicrobianos, o HRBA contrariou a tendência de aumento de consumo em anos anteriores, reduzindo os gastos com antimicrobianos, entre o 1º e 2º semestre de 2019. “Significa dizer que estamos direcionando melhor a aplicação dos antimicrobianos e, concomitantemente, conquistando a redução de consumo com estes medicamentos e reduzindo resistência às bactérias, aumentando a segurança no tratamento dos pacientes”, afirma a coordenadora de farmácia.

“A farmácia clínica tem exercido um papel importante para que tenhamos uma assistência segura e com recursos otimizados, fazendo com que as medicações propostas sejam exatamente aquelas necessárias ao paciente, evitando utilizar recursos de forma desnecessárias e efeitos colaterais. Nos últimos meses, a farmácia evoluiu, ganhou seu espaço e vem contribuindo para que consigamos atingir o objetivo de levar uma assistência cada vez melhor para nossa população”, afirma o diretor Hospitalar, Hebert Moreschi.

Economia de 1,3 milhão em 2019

O Hospital Regional do Baixo Amazonas, na região amazônica promoveu em 2019 uma economia de R$ 1,3 milhão, após adotar um método de organização do uso de medicamentos denominado farmacoeconomia.

A estratégia adotada pelo Hospital Regional, localizado em Santarém (PA), buscou otimizar a utilização de medicamentos e melhorar a assistência ao paciente. A mudança, realizada na aplicação de ferramentas e métodos de trabalho, foi refletida diretamente ao usuário, gerando economia de recursos, mas ampliando o número de atendimentos, além de reduzir o tempo de espera para o início de quimioterapias.

A economia gerada com a gestão de medicamentos também proporcionou investimentos em profissionais na unidade.

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