Revista Brasileira de Queimados publica artigo produzido pela equipe do Hospital Metropolitano

Colaboradores e alunos do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (PA), publicaram um artigo na Revista Brasileira de Queimaduras, volume 14, edição número quatro. O título foi “Fisioterapia em grande queimado: relato de caso em centro de tratamento de queimados na Amazônia brasileira”, sendo desenvolvido em parceria com o Grupo de Estudo da Fisioterapia e o Departamento de Ensino e Pesquisa. Desenvolveram o trabalho as estudantes Thayssa de Morais Oliveira e Carolina Brito da Costa, sob a supervisão de Fabiano Boulhosa, Leonardo Ramos, Rafaela Macêdo, Paola Esteves, Patrícia Picanço e Gabriela Lima. Todos são fisioterapeutas. 

O estudo foi sobre um jovem, avaliado como grande queimado. Ele foi vítima de queimadura de 2° grau, por alta descarga elétrica, com 45% da superfície corporal queimada. O Hospital Metropolitano é referência na região Norte do Brasil nesse tipo de atendimento, disponibilizando o Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). Além da assistência médica, o Hospital aplicou condutas fisioterapêuticas duas vezes por semana. No total, ele esteve internado 133 dias. O artigo conclui que a assistência fisioterapêutica, mobilizando articulações, músculo, fáscias e tendões, além de exercícios, foram primordiais para a evolução do quadro clínico e da qualidade de vida, proporcionando a reintegração social.

A coordenadora da reabilitação do HMUE, Gabriela Lima, argumentou que as queimadura são um problema de saúde pública, avaliando a gravidade das lesões e as às sequelas. “As vítimas desse tipo de acidente são uma prevalência do atendimento do nosso serviço fisioterápico. O paciente estudado sobreviveu a uma alta descarga elétrica, sendo que o reabilitamos para sair andando, diante de todas as porcentagens corpóreas queimadas”, lembrou. A preceptora Rafaela Macêdo, por sua vez, explicou que a gravidade do caso levou a utilização de condutas e recursos que trabalharam a força e o trofismo muscular. A fisioterapia atuou da admissão a alta hospitalar. 

Já a estudante Carolina Brito relatou que a assistência ao paciente trabalhou a eletroestimulação e o circo ergométrico, que simula o pedalar de uma bicicleta. “A gravidade do caso chamou a atenção, afinal, ele não conseguia ficar de pé. A conclusão é que a fisioterapia foi essencial. Sem o suporte, ele teria dificuldades variadas”. A colaboradora Paola Esteves afirmou que o incentivo ao ensino e a pesquisa é uma constante do HMUE. “Com a ajuda dos alunos, conseguimos pôr ideias em prática. Essa relação que temos é de suma importância, para desenvolvermos educação em saúde”.

Tendo a missão de formar profissionais e de promover saúde pública no Pará, o Hospital Metropolitano é gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). É uma instituição pública e gratuita pertencente ao Governo do Pará.

Voltar para o topo da página - Pró-Saúde