Regional da Transamazônica alerta sobre importância do teste da linguinha em recém-nascidos

Exame serve para diagnosticar a presença de frênulo curto (língua presa), que pode ocasionar amamentação incorreta e dificuldade no desenvolvimento da fala

O teste da linguinha é um dos exames mais importantes nos primeiros meses de vida de um bebê. Ele identifica limitações dos movimentos da língua causados pela anquiloglossia, ou “língua presa”, que podem comprometer as funções exercidas pelo órgão, como mamar, mastigar e falar.

A língua presa ocorre quando uma membrana de tecido que deveria ter desaparecido durante o desenvolvimento do bebê no útero, permanece na parte debaixo da língua, limitando seus movimentos.

Referência para mais de 500 mil pessoas nos nove municípios da região do Xingu, o Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, é o único a oferecer o teste da linguinha gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região.

Do total de testes realizados durante o período de um ano nos bebês nascidos no hospital, 8% receberam o diagnóstico para frênulo lingual curto.

A equipe especializada de Fonoaudiologia do hospital é a responsável por avaliar a posição do frênulo lingual e a sucção correta no momento da amamentação dos bebês.

De acordo com Nayana Mengoni, fonoaudióloga atuante na Unidade de Terapia Intensiva \(UTI\) Neonatal e Pediátrica do HRPT, o teste da linguinha consegue diagnosticar e indicar o tratamento precoce e adequado nos casos de língua presa.

“O exame é padronizado, rápido, não causa dor alguma aos bebês e é gratuito. É importante reforçar para a população que, quanto antes realizar o teste e identificar a anquiloglossia, mais rápido é possível iniciar o tratamento”, explica.

Segundo a profissional, quando um bebê é diagnosticado com frênulo lingual curto, o caso é encaminhado para um especialista realizar a correção cirúrgica, chamada de frenotomia, um procedimento simples, que dura entre cinco e dez minutos.

O teste

A realização do teste no bebê não dói e é feito por meio da observação da língua do recém-nascido e as reações ao sugar o seio da mãe ou chorar.

Segundo Alessandra Viterbino, fonoaudióloga do HRPT, existem graus variados de língua presa, por isso, a importância de um teste que leve em consideração os aspectos anatômicos e funcionais para fazer um diagnóstico preciso.

“Se um bebê apresenta limitação dos movimentos da língua, ele pode ter dificuldade ao mamar, assim, o recém-nascido não ganhará peso e isso resultará no desmame precoce”, alerta Alessandra.

Ainda este mês, a equipe de Fonoaudiologia do Hospital Regional Público da Transamazônica promoverá uma ação alusiva de conscientização e importância sobre o teste da linguinha.

De acordo com a fonoaudióloga Eldjane Cruz, um dos objetivos da ação será alertar sobre os problemas futuros em casos não identificados e que não são tratados precocemente.

“A não identificação pode impactar na amamentação de bebês, no desenvolvimento de crianças e adultos, apresentando dificuldades para mastigar, engolir e falar, afetando a alimentação, comunicação, relacionamento social e até mesmo o desenvolvimento profissional”, finaliza Eldjane.

O Regional Público da Transamazônica é o único hospital na região do Xingu que possui cinco leitos de Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal, cinco de UTI Infantil e quatro de berçário de alto risco. Além disso, a unidade fomenta constantemente o diálogo sobre a assistência em ações humanizadas.

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