Torneira com temporização e arejadores de vazão do HMMC
Em Mogi das Cruzes, Hospital Municipal economizou 5,4 milhões de litros de água em dois anos. Em Belém, Hospital Público Galileu reduziu consumo em 43% entre 2017 e 2018
Ações de sustentabilidade desenvolvidas pela Pró-Saúde em unidades públicas gerenciados pela entidade no País, resultaram em economia de água e recurso financeiro em diferentes estados. Em São Paulo, por exemplo, as ações técnicas e campanhas de conscientização geraram uma economia de 5,4 milhões de litros de água entre 2016 e 2018 ao Hospital Municipal de Mogi das Cruzes (HMMC). Já o Hospital Público Galileu (HPEG), em Belém, no Pará, reduziu seu consumo em 43% entre 2017 e 2018, intensificando o trabalho da “Blitz do Desperdício”, por exemplo.
O HMMC já foi construído com dispositivos de sustentabilidade. A unidade tem uma cisterna capaz de armazenar 41m³ de água da chuva. A água captada pelos ralos instalados no teto da unidade é utilizada nas descargas dos sanitários, evitando assim o gasto com água tratada. As torneiras também são equipadas com temporizadores e arejadores de vazão. Sem os dispositivos, as torneiras gastariam 6 litros de água por minuto, três vezes mais do que atualmente.
Em 2016, a unidade implantou arejadores nas torneiras de lavagem de mãos, que transformam a vazão de 6 litros por minuto para 1,8 litro, reguladores de vazão dos chuveiros que reduzem a vazão de 20 a 30 litros por minuto para 12 litros por minuto, além de válvulas de descarga de acionamento duplo 6 ou 3 litros por descarga.
Para o coordenador de facilities do HMMC, Marcel Portela, os resultados foram impulsionados pelas ações de conscientização que são realizadas de forma permanente na unidade. “No caso do consumo de água de 2017 para 2018, notamos uma queda de 13%, que é um número bastante relevante, mostra que está havendo uma consolidação da cultura da sustentabilidade no hospital. As pessoas estão entendendo que é necessário ter essa conscientização e responsabilidade com o uso da água”.
Pelas práticas sustentáveis, o hospital recebeu o Prêmio Amigo do Meio Ambiente, em 2015 e o Prêmio 2020 Challenge Climate Champion Awards, pela participação da campanha Desafio 2020 – A Saúde pelo Clima, conquistado em 2016 e 2017.
Pará
Com uma “Bliz do Desperdício” para incentivar o consumo consciente de água entre os colaboradores, o HPEG reduziu seu gasto em 43% em 2018, em comparação ao ano anterior. A média de consumo mensal da Unidade passou para 785,33m³ em 2018, bem menor do que os 1.389,83m³, que eram utilizados em 2017. A unidade também realizou mudanças estruturais, como a instalação de descargas mais econômicas, temporizadores nas torneiras e revisões periódicas contra vazamentos.
“Acreditamos que a preocupação com um consumo consciente de um bem tão precioso como a água, vai muito além do aspecto financeiro, por isso o desperdício de água sempre foi uma pauta muito importante nas reuniões do Comitê de Sustentabilidade do Hospital Galileu, e também dentro do nosso Planejamento Estratégico”, explica o presidente do Comitê de Sustentabilidade e supervisor de Atendimento, Sandro Mendes.
O HPEG foi o segundo hospital público do País a conquistar o selo “Materiality Disclosures”, emitido pela Global Reporting Initiative (GRI) e concedido a instituições que direcionam suas ações em práticas que minimizem impactos ambientais, econômicos, sociais e colaborem para o desenvolvimento sustentável em todo o planeta. A unidade também participa do Desafio 2020 – A Saúde pelo Clima”, onde se comprometeu a diminuir em 20% a emissão de gases do efeito estufa até o ano de 2020.
No Hospital Regional Público do Sudeste do Pará (HRSP) adaptou uma bomba ao seu sistema de água a vácuo, permitindo o reaproveitamento de água por um período de 20 dias. Desde a implantação em 2017, a unidade economizou 7,5 milhões de litros de água e R$ 126.000,00 em energia.
Outros exemplos
Outros hospitais do Pará também realizam ações constantes de sustentabilidade. O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) passou a reaproveitar a água utilizada na hemodiálise. Desde março, 670m³ de água que seriam desprezados, foram reaproveitados pela Central de Materiais Esterilizados.
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