Profissionais do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência recebem homenagem pelo atendimento frente à pandemia

A homenagem ocorre no dia em que a Unidade conclui o atendimento referenciado à Covid

Após 74 dias, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), encerra, nesta quinta-feira, 30, as atividades da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dedicado ao atendimento de pacientes com o novo coronavírus (Covid-19).

Ao todo, foram atendidos 184 pacientes com coronavírus, que contaram com auxílio de quase 100 colaboradores, entre médicos, enfermeiros, fisioterapeuta, psicologogos e serviços gerais. Os pacientes eram transferidos para o HMUE por meio do Sistema de Regulação (SISREG).

Em reconhecimento ao trabalho de todos os profissionais, todos foram homenageados e receberam mensagens de agradecimento pelo trabalho diante da pandemia.

“O Hospital Metropolitano cumpriu o seu papel. Atendemos, amamos, sofremos, mas o melhor disso tudo, aprendemos, com cada paciente que passou por aqui. Hoje, posso olhar para todos e dizer: ‘sinto muito orgulho de todos vocês’. Digo mais, hoje descobrimos que temos heróis de máscaras e eles estão na minha frente”, agradeceu o coordenador de enfermagem, Wellingthon Munhoz, durante discurso aos colaboradores.

O Hospital Metropolitano, localizado em Ananindeua (PA), é uma Unidade do Governo do Pará, gerenciada pela Pró-Saúde. O HMUE se tornou referência no atendimento de pacientes com o novo coronavírus no dia 17 de abril. Foram 20 leitos de UTI exclusivos para o tratamento da doença na Região Metropolitana de Belém (RMB).

As atividades no hospital se voltam nesse momento para o tratamento de traumas e queimados em todo o estado paraense.

História de pacientes recuperados

A primeira alta registrada no Hospital Metropolitano foi de um idoso de 85 anos, que passou 13 dias internado na UTI-Covid. A alta hospitalar aconteceu no dia 19 de maio e foi motivo de comemoração e muita emoção entre médicos e enfermeiros que acompanharam o paciente.

A boa notícia foi de festa por todos, principalmente pelos familiares. “Quando ele chegou aqui aplaudimos, sorrimos, choramos, agradecemos. Ele cantou, contou histórias e falou sobre os dias na UTI. Ele disse que não vai esquecer o carinho que recebeu das pessoas que cuidaram dele”, afirmou o neto do aposentado.

Outra alta que marcou a Unidade foi da idosa de 83 anos, Augusta dos Reis Souza, que deixou a UTI-Covid no dia 28 de maio, e voltou para a casa após 15 dias internada.

“Brincalhona e vaidosa” eram os adjetivos mais usados pela equipe para descrever a paciente. Ao deixar o Hospital, ela destacou especialmente o carinho que recebeu por todos os médicos, enfermeiros e profissionais do Hospital Metropolitano. “É uma equipe maravilhosa, especial e muito atenciosa”, afirmou.

Os dois pacientes fazem parte da lista dos quase 90 mil recuperados em todo o estado do Pará, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado do Pará (SESPA).

Atendimento Humanizado

As ações de humanização dentro do Hospital Metropolitano, têm sido estimuladas, ainda mais, para oferecer um acolhimento físico, social e psicológico, como atividades voltadas à experiência do paciente e do seu familiar neste período de pandemia.

As ações envolvem visitas virtuais, mensagens de apoio por áudio entre familiares, projetos sociais, altas humanizadas, cobertura psicológica, projetos sociais com a pastoral da saúde, entre outros.

Para a coordenadora de Humanização, Natália Failache, as ações humanizadas são fundamentais para propagar experiências de boas práticas dentro da Unidade. “Com o cenário da pandemia, estamos utilizando de vários dispositivos para amenizar as consequências que vieram com novas medidas de proteção e propagação do novo coronavírus, com o intuito de suprir a necessidade do nosso público e dar suporte sempre que necessário”, relata.

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