Professor vítima da Covid-19 é eternizado em homenagem realizada pelo Hospital Oncológico Infantil

Em cerimônia realizada nesta manhã, sala da Classe Hospitalar da unidade recebeu o nome de Prof. Roberto França

Em cerimônia marcada por muita emoção e gratidão, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, gerenciado pela Pró-Saúde em Belém, homenageou nesta quinta-feira (6), Roberto de Mendonça França Junior (in memoriam), professor que atuava desde 2015 na Classe Hospitalar da unidade.

Agora, a sala de aula do Hospital Oncológico Infantil ganha o nome de “Professor Roberto França”, em memória do profissional que foi vítima da Covid-19, em abril deste ano. Trata-se de um reconhecimento pela dedicação de Roberto com a educação das crianças e adolescentes atendidos na unidade, que é referência para o tratamento do câncer infantojuvenil no Pará.

Ao longo da carreira, Roberto foi integrante de um movimento de professores que buscavam levar ensino e educação para dentro das instituições de saúde do Pará. Ligado à Secretaria de Educação do Pará, atuou na sala de aula do Hospital Ophir Loyola durante anos. Com a inauguração do Oncológico Infantil em 2015, acompanhou a transição dos pacientes que passaram a ser atendidos e estudar no novo hospital do governo do Estado.

Apaixonado pela educação e pela cultura do Pará, Roberto sempre acreditou que a saúde e educação deveriam caminhar juntas, em uma busca pela cura e pelo conhecimento. Por isso, a homenagem foi realizada no Dia Nacional do Profissional de Educação, celebrado em 6 de agosto.

Em respeito às recomendações de distanciamento social e para evitar aglomerações, o evento foi transmitido ao vivo pelo Instagram da Pró-Saúde. A cerimônia foi acompanhada em tempo real por funcionários do Oncológico Infantil, alunos da Classe Hospitalar, da faculdade onde Roberto dava aulas em Belém, e por amigos e familiares do professor, que somaram mais de 120 visualizações simultâneas na live. Clique aqui para assistir ao vídeo completo no Instagram da entidade.

Os alunos de Roberto, crianças em tratamento contra o câncer, integram o grupo de risco do novo coronavírus, e por isso, não puderam comparecer de forma presencial. Mas, foram representadas no local por meio de vasos de plantas decorados especialmente para a ocasião, que levavam o nome de cada um, e foram posicionados no corredor de entrada da sala.

Letícia França, esposa de Roberto, acompanhou com emoção toda a transmissão. “Foi tudo muito lindo. Choramos muito com cada palavra, nas lembranças do amor dele pelo carnaval, pelo maestro Valdemar Henrique e pela educação”, contou Letícia.

Na cerimônia, Alba Muniz, diretora Hospital do Oncológico Infantil, destacou o legado deixado pelo professor e como a relação dele com as crianças está agora eternizada. “Escolhendo ser professor, Roberto ajudou crianças e adultos. Pelas crianças ele lutou sempre acreditando que com saúde e educação poderia formar pessoas melhores e capazes de transformar o mundo”, ressaltou Alba.

Além de dar nome à Sala de aula do Oncológico Infantil, o legado de Roberto também ficará eternizado no hospital em uma placa, localizada no corredor de entrada da sala de aula, com um de seus últimos textos escritos durante a pandemia. Na mensagem, Roberto fala sobre viver os sonhos sem medo.

“Quando tudo parecer desmoronar, procure uma nova direção. Não deixe sua vida estagnar pelo medo. Jogue tudo para o alto e mude seu rumo. Seja a pessoas que você sonhou. Basta arriscar”, Roberto França.

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