O diagnóstico precoce do câncer aumenta as chances de cura e melhora a qualidade de vida futura das vítimas. Estima-se que, no caso de crianças, se a doença for identificada cedo e tratada em serviço especializado, 70% dos pacientes podem ser curados. Para tratar do assunto, o Instituto Ronald McDonald promoveu o curso Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil na semana passada, em Marabá (PA), para médicos do Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP) e outros profissionais de saúde.
A iniciativa teve como objetivo capacitar profissionais da Atenção Básica, em especial agentes comunitários de saúde responsáveis pelo acompanhamento domiciliar da saúde dos brasileiros. Por conta desse primeiro contato, esses profissionais são importantes aliados no momento da identificação dos primeiros sinais da doença. Apesar de não serem classificados como serviço de Atenção Básica, os hospitais de média e alta complexidades, como o HRSP, também participam do curso porque recebem esses pacientes.
Durante o treinamento, as pediatras Sweny Fernandes e Alayde Wanderley traçaram o perfil dos usuários do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (Hoiol), referência no atendimento a crianças e adolescentes com câncer no Pará.
Para a médica Cláudia Bueno, da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do Hospital Regional de Marabá, conhecer o fluxo e o perfil das unidades é importante para que, se necessário, o paciente seja transferido para atendimento de referência. “Hoje em dia, a chance de cura da criança é muito grande e, quanto mais rápido for iniciado o tratamento especializado, melhor”, argumentou a pediatra.
Parcerias
O curso Diagnóstico Precoce do Câncer Infantojuvenil recebe o apoio do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e das secretarias municipais de Saúde. Além de Marabá, o treinamento já foi ministrado para profissionais de Santarém e Castanhal e está em sua terceira edição.
