Mãe e bebê se reencontram no HRPT, após longa internação

Em decorrência do isolamento causado pela Covid-19 e um grave acidente de trânsito, eles estavam há um mês afastados

A manhã desta quarta-feira (23), foi de muita emoção no Hospital Regional Público da Transamazônica, com o reencontro de Gleiciane e seu bebê.

Depois de um mês afastados, a paciente Gleiciane Damásio, de 30 anos, pode finalmente pegar o pequeno José Bernardo, de um ano e três meses, no colo. Ela está internada no hospital, que pertence ao Governo do Pará e é gerenciado pela Pró-Saúde em Altamira, desde o dia 3 de fevereiro, para se recuperar de um acidente de trânsito.

Ainda em janeiro, ela e o marido foram diagnosticados com Covid-19. Para cumprir o isolamento e proteger os familiares, o pequeno foi para a casa da avó materna. “No dia do nosso reencontro, sofremos um acidente de trânsito no percurso para buscar ele”, relembra a Gleiciane. Com uma fratura grave na perna, ela foi transferida do município de Medicilândia para o Regional da Transamazônica, referência regional para casos de trauma.

Apesar dos projetos de humanização desenvolvidos na unidade, como as videochamadas para manter contato com a família durante o período de internação, a saudade do contato corpo a corpo com o pequeno, que já perdurava por quase um mês, estava grande.

Foi então que a Gleiciane fez um pedido especial para a equipe multiprofissional: ver pessoalmente o pequeno José, que deu os primeiros passos no último dia 18 de fevereiro. “Curiosamente, no dia que me colocaram de pé para movimentar a perna machucada, foi no mesmo dia em que o José deu os primeiros passinhos. Foi muito emocionante saber disso”, conta a paciente.

Para que o encontro pudesse acontecer com segurança, os setores de Psicologia e Serviço Social foram acionados. “Nós avaliamos o estado mental e emocional da paciente e da irmã dela, Vera Lúcia, e atestamos que estavam bem e tranquilas. Assim, liberamos a vinda da criança”, explica Beatriz Magalhães, psicóloga clínica do HRPT.

“Esse encontro não só serviu para amenizar um pouco da saudade, mas também vai auxiliar na recuperação dela”, complementa a profissional.

Para Gleiciane, além de acabar com a angústia e a saudade do filho, o reencontro veio também para dar força, “agora estou com as energias recarregadas de amor para seguir com o tratamento”, conta a paciente, que segue internada e recebendo todo suporte assistencial necessário para sua recuperação.

O encontro foi realizado seguindo todas as recomendações do Ministério da Saúde de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19).

O Regional da Transamazônica é reconhecido nacionalmente entre os melhores hospitais públicos do Brasil e possui a certificação ONA 3 Acreditado com Excelência, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), reconhecimento que atesta a qualidade dos serviços prestados à população no interior do Pará.

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