Hospital São Luiz alerta sobre importância da participação da figura paterna na gestação e pós-parto

No pátio do Hospital São Luiz (HSL), unidade própria da Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar em Cáceres (MT), algumas gestantes em trabalho de parto caminham para aliviar as contrações, de mãos dadas com seus companheiros. A unidade está presente no município há 81 anos, e, por isso, é o local onde nasceu a maioria da população da cidade nas últimas gerações. Atualmente, nascem em média 250 bebês por mês no hospital, que é uma importante referência de atendimento para a região.

Este ano, no período que antecede o Dia dos Pais acontece também a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM). O slogan utilizado pelo HSL nesta edição é “Amamentar, ninguém pode fazer por você. Todos podem fazer junto com você”, que destaca a conscientização dos pais e familiares sobre seu papel no apoio à prática do aleitamento materno. Luciana de Fátima, coordenadora da UTI Neonatal, ressalta que a participação ativa dos pais durante o processo de amamentação é fundamental. “Queremos trazê-los para perto, conscientizar pais e familiares sobre seu papel no apoio à prática da amamentação. Quando as mães se sentem amparadas, têm mais chances de manter a amamentação, mesmo quando se sentem exaustas ou inseguras.”

 

Além deste tema importantíssimo, há uma série de ações especiais sendo realizadas nesta semana no Hospital São Luiz. Com a proximidade do Dia dos Pais, eles estão em foco e são o centro das homenagens e reflexões. Mas qual seria a importância da figura paterna como agentes ativos e fundamentais durante todo o processo, da gestação ao pós-parto?

 

A mãe vivencia uma união com o bebê logo no início da gestação e ela se intensifica nos primeiros meses de vida. Já para a figura paterna essa relação comumente se intensifica depois que o bebê nasce. Porém, essa situação pode ser diferente, uma vez que a presença sempre ativa e constante do pai desde a gestação, ocupando o seu lugar, poderá leva-lo a experimentar uma descoberta maravilhosa.

 

É o que conta Leonardo Gomes de Freitas, 28 anos, que será pai pela primeira vez. “Eu sempre quis ser pai. Como eu não tive, quero ser o mais presente possível. Então tenho cuidado muito da minha esposa, nunca deixei ela sozinha, procuro confortar, conversar com ela e o nosso filho, e pretendo continuar assim, fazendo o que eu puder para eles se sentirem bem”. A esposa, Natalia Aparecida da Silva Durante, 22 anos, confirma “Ele fez mais do que eu imaginava. Nesse período fiquei mais sensível, a gente precisa de mais carinho, e ele me surpreendeu.”

 

Experiências como a do Leonardo, são exemplos de que os pais podem se converter em agentes ativos durante todo o processo. Fazer companhia ao bebê, trocar as fraldas e participar ativamente no desenvolvimento da criança, ainda é visto como “ajudar” a mãe, pensamento que deve ser erradicado, uma vez que ambos possuem responsabilidade sobre a criança. Roniclei da Costa Ferreira, 19 anos, concorda. “Sempre achei errado pais que abandonam os filhos, ou que deixam toda a responsabilidade para a mãe. Antes do meu primeiro filho nascer pedi para minha mãe me ensinar a cuidar dele. Então, sempre cuidei das tarefas da casa, da troca de fraldas e do banho, e seguro depois da mamada”. A parte mais difícil para esse pai experiente, apesar da pouca idade, é quando os filhos adoecem.  A esposa, Ariely Conceição Costa Silva, 19 anos, diz que o Roniclei é mesmo um paizão “traz água para mim enquanto eu amamento, escolhe até os looks da filha”, o único defeito, diz, é que é muito vaidoso, “quase perdeu o parto se embelezando”, conta.

 

A confiança e o amor entre pais e filhos pode ser desenvolvida desde o ventre, exercendo uma paternidade consciente junto à mãe. Estar atento ao seu papel, escutando e apoiando, é a chave para criar crianças saudáveis, que no futuro se sintam amadas, livres e seguras. E a cumplicidade que isso gera é maravilhosa.

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