Higienização das Mãos

Hospital Regional do Baixo Amazonas é referência internacional no combate à infeções hospitalares

Em meio ao enfrentamento de uma das mais graves crises sanitárias dos últimos tempos, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, vem conquistando importantes resultados no serviço assistencial aos pacientes. Os avanços fazem parte do controle e combate as infecções hospitalares, data que é celebrada neste sábado, 15, para enfatizar a importância do tema em toda a sociedade.

Com base em dados divulgados pela unidade, no ano passado 186 vidas foram salvas devido a redução da incidência geral de infecções em todo o hospital. O resultado foi obtido após a execução de um conjunto de práticas de prevenção, entre elas o aumento da adesão à higienização das mãos na unidade, mudanças em procedimentos clínicos, reforço em treinamentos junto aos profissionais e protocolos de controle assistencial.

O hospital paraense também conseguiu destaque na gestão de combate à Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (Iras), ao conquistar neste ano um prêmio internacional pela redução de 50% de infecções associadas a procedimentos invasivos na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Adulto.

O prêmio foi concedido ao HRBA durante o 4º Seminário Internacional de Segurança do Paciente e Acreditação em Saúde, realizado pela ONA (Organização Nacional de Acreditação), pela conquista na redução de infecção de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV).

Prêmio por redução de infecção PAV

O Regional do Baixo Amazonas é uma unidade que pertence ao Governo do Pará, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde. No período de 2018 a 2020, a unidade conseguiu reduziu em mais de 50% a incidência de uma das principais infecções que acometem pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em todo o Brasil: a infecção de Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAV). Este tipo de infecção pode surgir, por exemplo, em caso de intubação de pacientes atendidos na UTI.

A redução ocorreu mediante a adoção de boas práticas nos processos de prevenção do Protocolo de PAV, como implantação de dispositivo no leito do paciente para manter a cabeceira elevada, o que evita a broncoaspiração; inclusão do atendimento odontológico de paciente intubado; redução de sedação de paciente para avaliação de possibilidade de extubação, uma vez que, quanto menos tempo intubado, menores as chances de contrair uma infecção.

“São ações que já realizávamos, mas com a chegada da pandemia intensificamos com as campanhas educativas para garantir uma maior adesão por parte dos colaboradores. Reduzir infecções é um desafio para as unidades de saúde de todo o Brasil e o mundo, e estar entre os hospitais que se destacam nesse serviço e que tem uma equipe empenhada, é gratificante, principalmente pelo fato de estarmos possibilitando que vidas sejam salvas”, comenta Sheila Oliveira, enfermeira supervisora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).

O projeto desenvolvido pelo HRBA faz parte das metas de redução das principais infecções relacionadas a procedimentos invasivos – iniciativa do Ministério da Saúde, intitulado “Saúde em Nossas Mãos”.

186 vidas salvas pela adesão ao protocolo de Sepse

Durante o primeiro ano da pandemia, em 2020, o HRBA se tornou referência para os casos graves da Covid-19 na região Oeste do Pará, recebendo pacientes de mais de 30 municípios. Neste período, a unidade conseguiu obter 95% de taxa de adesão ao Protocolo de Sepse em toda área assistencial do hospital, o que potencialmente evitou 186 óbitos de pessoas diagnosticadas com Sepse.

Segundo o do Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS), a doença tem alta mortalidade no Brasil, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30% a 40%. No Hospital Regional do Baixo Amazonas houve uma redução desse tipo de mortalidade, caindo de 32% para 18% em 2020. São índices inferiores à média nacional e mundial.

“São resultados que devemos à dedicação e ao compromisso da equipe médica e multiprofissional. Sem o apoio de cada um, o reconhecimento da importância desse tipo de trabalho no ambiente hospitalar seria difícil. A busca pela segurança do paciente é rotina nas estratégias do Governo do Pará e da Pró-Saúde e os maiores beneficiados com esses excelentes resultados são os nossos pacientes, que podem ter um atendimento de qualidade cada vez melhor”, afirma Hebert Moreschi, diretor Hospitalar.

O Protocolo de Sepse adotado no HRBA faz parte de um conjunto de ações implantadas pela unidade desde 2015, aplicadas pela equipe multiprofissional para fazer o diagnóstico precoce de um paciente com infecção.

Se as condutas (diagnóstico precoce da infecção, coleta de exames e administração do antibiótico correto e em tempo oportuno) preconizadas no protocolo forem realizadas em menos de uma hora, é possível diminuir a letalidade da infecção e aumentam as chances na recuperação do paciente.

Com atendimento 100% SUS (Sistema Único de Saúde), o HRBA é referência para 1,3 milhão de pessoas residentes em 30 municípios e faz parte de um seleto grupo no Brasil – que há seis anos consecutivos – detém o certificado ONA 3 Acreditado com Excelência.

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