Hospital Regional do Baixo Amazonas alerta para a saúde dos rins

A unidade, que é referência regional, contará com programação especial nesta semana, em alusão ao Dia Mundial do Rim (10/3)

A doença renal crônica (DRC) se caracteriza por uma lesão irreversível nos rins, que afeta uma em cada 10 pessoas no mundo. No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), atualmente mais de 140 mil pacientes realizam diálise no país.

Na região oeste do Pará, o Hospital Regional do Baixo Amazonas, unidade do Governo do Pará e gerenciada pela Pró-Saúde, conta com um Centro de Terapia Renal Substitutiva, atuando como referência regional.

Atualmente o hospital atende 195 pacientes em hemodiálise, com idade a partir dos 15 anos, além de 26 pacientes em diálise peritoneal, com idade a partir dos 20 anos, resultando em 2.500 sessões realizadas por mês.

Natural de Monte Alegre, o paciente João Adison Rodrigues de Almeida, 39 anos, faz sessões de hemodiálise há quatro anos. Hipertenso, ele conta como chegou ao diagnóstico.

“Eu comecei a me sentir fraco, inchado, pálido, não tinha apetite e cada dia que passava isso se agravava mais. Procurei um médico e na emergência descobri a doença renal crônica”.

De acordo com o médico nefrologista, Emanuel Esposito, responsável pelo serviço de Nefrologia e Transplante Renal do HRBA, os principais fatores de risco para desenvolver insuficiência renal crônica, são:

– hipertensão;
– diabetes;
– glomerulonefrite (inflamação não-infecciosa dos glomérulos dos rins);
– doenças císticas renais;
– histórico familiar de doença renal crônica;
– problemas cardiovasculares;
– obesidade;
– fumo;
– infecção urinária e/ou cálculos renais de repetição;
– uso de medicamentos que podem comprometer as funções dos rins;
– idade (acima de 50 anos).

“Neste último fator de risco, a disposição em desenvolver a doença renal ocorre porque, depois dos 40 anos, perdemos cerca de 1% da função renal, decorrente do envelhecimento natural do órgão”, alerta o especialista.

A enfermeira nefrologista, coordenadora do Centro de Terapia Renal Substitutiva do HRBA, Solange Quadros, indica os cuidados necessários no cotidiano que contribuem para a prevenção da DRC.

“Ingerir bastante líquido para eliminar as toxinas do seu corpo, praticar exercícios com frequência, principalmente se for hipertenso ou diabético, e manter uma alimentação saudável, com menos sal e gorduras”, destaca a profissional.

Outro ponto importante, segundo Solange, é o acompanhamento regular, por meio de exames de rotina. “Realize anualmente exames de dosagem da creatinina, que funciona como marcador da função renal”, recomenda.

Desde 2016, o HRBA é credenciado pelo Ministério da Saúde para realização de transplantes, tendo realizado um total de 69 transplantes de rins. João Adison é um dos brasileiros à espera de um transplante, com o intuito de voltar a ter qualidade de vida.

“Eu sempre deixo a mensagem para os meus amigos e parentes, se estão com os rins em perfeitas condições façam tudo certinho para manter a saúde deles, porque a diálise é difícil, você dependente de uma máquina para sobreviver”, alerta.

Seguindo a campanha nacional da Sociedade Brasileira de Nefrologia, o HRBA que é referência em atendimentos de média e alta complexidades na região inicia nesta quarta-feira (9/3), uma programação local com orientações sobre a importância da prevenção das doenças renais.

Na quinta-feira (10/3), Dia Mundial do Rim, a equipe multiprofissional da unidade fará uma ação de conscientização na Orla da Cidade.

Referência também em Oncologia, Neurocirurgia, Ortopedia e Traumatologia, o HRBA atende pacientes de 30 municípios do Oeste do Pará, Baixo Amazonas e Xingu.

O hospital é reconhecido como um dos dez melhores hospitais públicos do Brasil, segundo a Revista Exame, e possui a mais alta certificação nacional, a ONA 3 – Acreditado com Excelência, da Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade sem-fins lucrativos integrada à uma rede mundial que analisa a qualidade dos hospitais.

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