Hospital Regional de Marabá alerta sobre os riscos das cardiopatias na gestação

Na próxima terça-feira, 28/05, será celebrado o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna. Para marcar a data, o Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, em Marabá (PA), promoveu um bate-papo nesta quinta-feira (23), com os colaboradores sobre os riscos de morte na gestação em decorrência de doenças no coração das mães. A Unidade é referência em Obstetrícia de Alto Risco pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região.

De acordo com o cardiologista e presidente da Comissão de Revisão de Óbitos da Unidade, David Tozetto, que conduziu a atividade, por si só, a gravidez sobrecarrega o metabolismo da mulher. No caso do coração, ele passa a trabalhar por dois para bombear o volume de sangue circulante que aumenta nesse período em até 50%. Como ele acaba batendo mais rápido, a grávida pode sentir palpitações. Sem contar a falta de ar e o surgimento de edemas.

A questão é que gestantes com doenças no coração também terão os mesmos sintomas e, caso elas ainda não tenham descoberto a cardiopatia, muitas vezes, esses sinais podem ser confundidos.

“As principais queixas das pacientes com cardiopatias são palpitação, falta de ar e edema. Por que a grávida tem falta de ar? Porque a barriga cresce, prejudica a respiração, comprime o pulmão e dá falta de ar. Por que tem edema? Porque o retorno do sangue para o coração fica prejudicado, e ela está passando por um estado que nunca passou antes. É uma adaptação: aumenta o volume de sangue circulante, os hormônios mudam e o coração dá aquela disparada. Mas estes sinais podem indicar um problema maior”, explicou o cardiologista.

Dessa forma, as mulheres com doenças cardíacas congênitas e em idade reprodutiva devem buscar orientação antes de engravidar. Mesmo aquelas que desconhecem ter a doença ou mesmo não a têm, também devem procurar o cardiologista com regularidade.

Sobre a Unidade

Referência em atendimento de trauma de média e alta complexidades para 22 municípios paraenses, o HRSP tem 115 leitos, sendo 77 de Unidades de Internação e 38 de Unidades de Terapia Intensiva. Possui perfil cirúrgico e habilitação em Traumato-ortopedia pelo Ministério da Saúde, oferecendo atendimento gratuito nas especialidades de Cardiologia, Cirurgia Buco-maxilo-facial,Cirurgia Plástica Reparadora, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Geral, Cirurgia Vascular, Clínica Médica, Fisioterapia, Infectologia, Medicina Intensiva adulto, pediátrica e neonatal, Nutrição, Obstetrícia de Alto Risco, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Urologia, Neurocirurgia, Terapia Ocupacional, Traumato-ortopedia, Nefrologia e Anestesiologia.

Em 2018, a Unidade atendeu 5.849 pacientes no Acolhimento. Desse total, 1.103 eram vítimas de trânsito, o equivalente a 18% dos usuários admitidos no Hospital.

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