HMUE é o 1º hospital público de trauma e queimados do Norte com certificação ONA 1

O selo é conferido a instituições que atendem a critérios de segurança do paciente em toda a atividade hospitalar, englobando aspectos assistenciais e estruturais. Para alcançar à ONA 1, a unidade percorreu um longo caminho que envolveu esforços de colaboradores da Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, gestora da unidade, e prestadores de serviços, com mapeamento de processos, riscos da atividade hospitalar, além da adoção da interação de processos entre setores.

Todo esse trabalho foi coordenado pelo Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP), setor implantado na unidade em 2014 para aplicar a política de segurança do paciente. “Toda essa linha do tempo serviu para impulsionar os processos de melhoria do Hospital Metropolitano para atender aos requisitos de uma certificação”, explicou a gerente do NQSP, Dociana Formigosa.

O diretor Operacional da Pró-Saúde no Pará, Rogério Kuntz, explica que a acreditação valida os processos instituídos dentro de uma unidade hospitalar. “A acreditação está relacionada ao projeto de implantação da qualidade, segurança e melhoria dos processos de trabalho de saúde. Um dos hospitais mais complexos e estratégicos no contexto da saúde pública do Pará agora é, também, um hospital acreditado e reconhecido por uma certificadora”, contou.

Ao agradecer aos colaboradores pelo empenho durante o processo de certificação, o diretor-Geral do HMUE, Itamar Monteiro, lembrou que a unidade se junta a outros hospitais gerenciados pela Pró-Saúde na região metropolitana de Belém como o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) e o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, que já possuem certificação no nível 1. “Nossa equipe de colaboradores e prestadores de serviços desempenhou um papel crucial para que pudéssemos chegar até aqui e sem a dedicação e o desempenho profissional de cada um, de cada um mesmo, não teríamos conseguido”, afirmou.

O gestor também pontuou também os aprendizados, considerados por ele muito valiosos, que a caminhada até a certificação trouxe. O diretor Operacional Rogério Kuntz acrescentou, ainda, a satisfação de fazer parte do grupo seleto de hospitais acreditados. “Continuaremos dentro do processo natural de busca da ampliação de certificação, evoluindo gradativamente para os níveis 2 e 3”, adiantou Kuntz.

 

Perfil Assistencial

Um intenso cronograma de atividades focado em assistência e gestão foi cumprido desde setembro de 2017, quando a unidade realizou a primeira atividade voltada para o engajamento de gestores no processo de certificação hospitalar. Nos meses seguintes, foi a vez de mostrar a importância do processo aos colaboradores dos setores administrativos e assistenciais.

O desafio ali foi sensibilizá-los para a importância do cuidado com a razão de ser da unidade: o paciente. Para fortalecer essa ideia, foi lançada a campanha “Meta Pai d’égua”, focada na divulgação das seis metas de segurança do paciente, que garantem a identificação correta do usuário, a eficácia na comunicação, a segurança na prescrição e uso de medicamentos, além da cirurgia segura, redução de risco de infecção associada a cuidados assistenciais e redução do risco de quedas e lesão por pressão.

A unidade incentivou, também, o correto preenchimento do prontuário do paciente por meio da campanha “Prontuário Pai d’égua”. Na opinião do gerente de Enfermagem, Diego Pes, que responde interinamente pela Diretoria Assistencial do HMUE, este conjunto de ações garante agilidade no retorno do paciente à sociedade. “Temos um público em idade produtiva. Quando um hospital gira em torno de qualidade, temos maior segurança para o paciente, ele retorna mais rápido à família e sociedade, restabelecendo sua vida normalmente”, pontuou.

O processo de certificação não traz apenas benefícios ao paciente. Os colaboradores envolvidos na acreditação enxergam ganhos profissionais para seus currículos. É o caso da enfermeira da clínica Ortopédica III, Erlen Alves da Silva. “A certificação ONA vem referendar a assistência que oferecemos na unidade, reforça o nosso trabalho. A partir do momento em que você trabalha em uma instituição acreditada, passa a ser bem visto como profissional”, afirmou.

O trabalho da entidade também foi elogiado pelas avaliadoras da Fundação Vanzolini, que recomenda à Organização Nacional de Acreditação a certificação de uma unidade hospitalar. Após uma semana na unidade, no último mês de junho, as avaliadoras ressaltaram o profissionalismo e transparência da equipe da unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa). “Ficou muito claro para nós o quanto vocês trabalharam. Não foi uma coisa de um dia para o outro. O importante é que tudo o que fizeram foi pelo bem dos pacientes paraenses. É a maior vitória”, disse a avaliadora Vânia Dias. A avaliadora Angelina Francisco destacou a complexidade de uma instituição do porte do HMUE.

 

Unidades certificadas

Outras cinco unidades públicas de saúde do Pará possuem certificações junto à ONA. Os hospitais regionais Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, e do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, são os únicos Acreditados com Excelência (ONA 3), reconhecimento máximo concedido pela Organização Nacional de Acreditação – ambos também gerenciados pela Pró-Saúde.

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