Missa

Emoção marca missa nazarena realizada no Oncológico Infantil

A missa campal realizada nesta quinta-feira, 8/10, no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, unidade do Governo do Pará e gerenciada pela Pró-Saúde, foi marcada pela emoção e saudade.

Respeitando os protocolos de segurança, foi feito o acolhimento da réplica da imagem de Nossa Senhora de Nazaré, que teve seu manto confeccionado por voluntário da Pastoral da Saúde.

Durante o evento ocorreram homenagens concedidas aos pacientes e colaboradores falecidos. Outro diferencial desta quarta edição da missa campal foi a decoração ofertada pelos voluntários externos, que, sem medir esforços, confeccionaram, artesanalmente, super-heróis em formato de anjinhos, feitos com feltro. Uma banda formada por músicos católicos, de Igarapé-Miri, executou cânticos em homenagem à padroeira dos paraenses.

A artesã Milleni Tamer, moradora do Bairro do Guamá, há dois anos é envolvida com o trabalho voluntário. Por sugestão de uma prima, ela encontrou nessa atividade de causa nobre a válvula de escape para enfrentar os problemas que sofre com a ansiedade.

Há um ano ela desenvolve uma relação próxima com o Hospital Oncológico Infantil. Por ter muita afinidade com crianças, decidiu doar parte do seu tempo para esse público com o trabalho voluntário. Durante a missa, ao ver o fruto do seu trabalho, os anjinhos que ela fez, em feltro, decorando a entrada principal do hospital e sendo usados pelas crianças nas homenagens durante o transcurso da missa, foi o bastante para emocioná-la.

“Eu não aguentei. Ver o meu trabalho tendo um real significado e poder contribuir para que as pessoas rememorassem boas lembranças foi muito especial. Me emocionou bastante”, revelou.

A diretora Administrativa e Financeira, Gilvânia Oliveira, destaca a importância da realização do evento. “Como instituição, acreditamos no acolhimento religioso e buscamos sempre proporcionar todos os anos esse momento especial de partilha da cultura religiosa”, disse.

O significado do manto

Confeccionado especialmente pela artesã Elke de Nazaré Corrêa, de Igarapé-Miri, o manto foi produzido a partir da ideia de metamorfose. Segundo Elke, “o manto representa a mudança, a transformação de um ser em outro”. Pequenas borboletas e flores foram usadas em todo o manto.

A escolha pelo delicado inseto serviu para fazer uma analogia da borboleta com o ser humano. Segundo a criadora, “a pandemia veio para nos transformar, e o ser humano está em constante evolução física, emocional, intelectual, cultural, psicológica, espiritual. Na vida, estamos sempre em processo de metamorfose”.

No centro do manto, foi usada uma imagem de borboleta em tamanho maior, representando o novo ser humano transformado pela pandemia. Fitas representaram os pedidos dos fiéis à Nossa Senhora de Nazaré. A borda do manto, feita de renda guipir, representa todos os profissionais da área da saúde que estiveram na linha de frente durante o período mais caótico da pandemia. Por fim, um broche, em forma vazada de anjo, que fecha o manto, representa a anunciação do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria: Ave Maria, cheia de graça!

Imagem peregrina

No dia 30 de outubro, haverá a visitação e recebimento de bênçãos da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, que ocorrerá em frente ao prédio do Oncológico Infantil. Todo o evento será conduzido pela Diretoria da Festa do Círio de Nazaré.

Voltar para o topo da página - Pró-Saúde