Unidade se consolidou como referência no combate a doenças respiratórias na região da Baixada Santista (SP)
Em 2021, ano em que o mundo continuou enfrentando os desafios impostos pela pandemia, a UPA 24h Zona Leste, em Santos (SP), desempenhou um papel de destaque no combate a doenças respiratórias para toda população da região.
Durante os cinco meses mais críticos da Covid-19 no ano passado, a unidade realizou mais de 15 mil atendimentos a pacientes com sintomas gripais. Já ao longo de todo o ano e considerando todas as especialidades atendidas no local, a UPA realizou 117.779 consultas e 167.014 exames.
Para auxiliar a rede municipal a enfrentar a alta demanda de internações pela doença, foi implementada na UPA uma tenda para atendimento a pacientes com sintomas da doença e a instalação de 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e cinco leitos de enfermaria exclusivos para os casos mais graves.
“Foi um ano cheio de desafios, principalmente, porque tivemos que reabrir a tenda para os atendimentos de síndromes respiratórias, adquirir equipamentos para a implantação da UTI e reestruturar a equipe para continuar prestando um serviço de qualidade a população”, explica Gilmar Oliveira, diretor Hospitalar.
A UPA também fez parte do projeto ‘Vigilância de Síndrome Gripal – Sentinela Influenza’, do Ministério da Saúde, onde uma vez por semana, a unidade envia cinco amostras de secreção nasofaringe coletadas de pacientes, ao Instituto Adolfo Lutz, para identificação dos vírus, como por exemplo, da Influenza e SARS-CoV-2 (Covid-19).
Gilmar destaca que o modelo de gestão da UPA foi essencial para que alguns projetos fossem instaurados. “Na região de Santos, a UPA 24h Zona Leste foi a única a participar do programa do Ministério da Saúde, pois dispõe de Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), um padrão implantado pela Pró-Saúde nas unidades em que gerencia”, destaca o diretor.
Novos desafios
Inaugurada como hospital de campanha, em abril de 2020, a UPA 24h da Zona Leste pertence à rede pública de saúde da Prefeitura de Santos. A unidade é gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, sendo referência no atendimento em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia, com uma área reservada exclusivamente para atendimento de pacientes com sintomas gripais.
Mesmo atendendo casos de síndromes respiratórias, a UPA manteve seu perfil assistencial, voltado para atendimento de casos de urgência e emergência, de baixa e média complexidades.
No último trimestre do ano, foi iniciado um processo para implantação de diretrizes e alinhamento dos serviços de saúde, focado na melhoria da qualidade e segurança assistencial da UPA.
Conhecido como RAG (Requisitos de Apoio à Gestão), o objetivo desta análise é “promover a evolução da gestão hospitalar por meio da melhoria de processos assistenciais, partindo de critérios técnicos e objetivos. Com isso, iremos otimizar as verificações do que está sendo feito de certo e o que pode ser melhorado”, ressalta o diretor da UPA.
Nova Influenza
No final do ano passado, com o surto da H3N2, a UPA precisou reabrir a tenda para atender aos casos de síndromes gripais da região, totalizando cerca de 9 mil atendimentos, somente nos dois últimos meses.
“Nossa equipe multiprofissional atendeu muitos pacientes. Foi preciso fazer mudanças, comprar novos equipamentos e reestruturar algumas coisas, sempre pensando naqueles que precisavam do nosso atendimento e nos familiares que tinham medo de perder alguém”, ressalta o diretor Hospitalar.