Dia Mundial da Terapia Ocupacional é comemorado no HEUE

Vestir uma camisa, fazer uma caminhada, pentear o cabelo e lavar roupas, são tarefas difíceis para uma pessoa que se recupera de um trauma, seja ocasionado por um acidente de automóvel, moto ou até mesmo por uma queda. 

É nessa hora que o profissional da terapia ocupacional exerce um papel fundamental, contribuindo para a recuperação física e motora da pessoa, com o foco na independência funcional e, principalmente, na qualidade de vida do paciente.

A terapeuta ocupacional do Hospital Estadual de Urgência (HEUE) atende os pacientes com diagnósticos clínicos ou cirúrgicos, internados ou ambulatoriais, cuja habilidade para desenvolver atividades cotidianas esteja ameaçada ou interrompida por incapacidade temporária ou permanente. 

No ano de 2015, 2.056 pacientes do HEUE receberam atendimento da terapia ocupacional. 

Após cair da bicicleta, em novembro de 2014, o pedreiro Paulo Cezar da Silva encontrou na terapia ocupacional o auxílio para a recuperação da fratura do ombro direito. “Fiquei internado 45 dias. Sentia muitas dores no meu ombro. Após iniciar o tratamento com a terapeuta ocupacional, as dores foram diminuindo. Acredito que em breve terei o movimento do ombro direito recuperado’’, afirma Silva.

Segundo a terapeuta ocupacional do Hospital Estadual de Urgência e Emergência, Synara Sampaio Novais, quanto antes for aplicado o tratamento mais rápida será a recuperação. 

No caso do Paulo Cezar, ela explica que seu tratamento está sendo finalizado. “Além do atendimento no ambulatório, deixo como tarefa algumas atividades para serem exercidas em casa, o que contribui com a melhora da funcionalidade física do corpo e da qualidade de vida do paciente’’, afirma.

Synara explica que o tempo de reabilitação do paciente varia muito da sua situação clínica. Existem pessoas que em três meses de tratamento já se recuperam. Mas em situações mais graves, como um acidente automobilístico, por exemplo, o tratamento pode levar 12 meses. 

As sessões duram, em média, 40 minutos e a terapeuta ocupacional utiliza vários objetos — a maioria já conhecido e de fácil acesso ao paciente — como dardos, pregadores de roupas, canetas e até uma folha de papel.

A terapia ocupacional é um dos tratamentos que buscam a recuperação do paciente atendido no HEUE. É indicada por médicos especialistas (ortopedistas e neurologistas) ou pela equipe multidisciplinar (enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos). Em sua maioria, são indivíduos vítimas de acidentes automobilísticos e quedas.

 

Sobre a terapia ocupacional

O dia mundial do terapeuta ocupacional é comemorado no dia 19 de janeiro. A data representa a regulamentação do Decreto Lei 938 de 1969, que determinou um código de ética supervisionado pelo Conselho Federal de fisioterapia e terapia ocupacional.

Os terapeutas ocupacionais atuam na reabilitação de pacientes com vários tipos de disfunções, desde neurológicas a ortopédicas. Trata-se de uma especialidade que contribui para o tratamento de traumatismos cranianos, acidentes vasculares cerebrais, artrite reumatoide, esclerose múltipla, Parkinson, Alzheimer entre outros.

Nos hospitais psiquiátricos, os terapeutas ocupacionais também atuam em instituições de apoio a dependentes químicos e centros prisionais. Na área de pediatria, o profissional desenvolve tratamentos para crianças com hiperatividade, atrasos de desenvolvimento, deficiência motora e mental, dificuldades de aprendizagem e disfunções sensoriais. Podem ser integrados em unidades de saúde, em equipes de intervenção precoce, centros de saúde, instituições para pessoas com deficiências.

O objetivo da terapia ocupacional é habilitar ou reabilitar o indivíduo para desempenhar suas atividades habituais (serviços domésticos, autocuidado corporal, lazer, participação social e familiar). 

Voltar para o topo da página - Pró-Saúde