Cresce atendimento a ciclistas acidentados no Hospital Metropolitano

Levantamento da unidade hospitalar, realizado com base nos primeiros meses de 2021 e 2022, mostra crescimento de mais de 19%

Na próxima sexta-feira, 19 de agosto, é comemorado o Dia do Ciclista no Brasil. A data existe para reforçar a importância deste meio de transporte e seus usuários no cotidiano da sociedade e instruir sobre os cuidados necessários para que todos trafeguem, seja em pequenos bairros ou grandes cidades, de forma harmoniosa.

A importância de chamar a atenção para a prevenção de acidentes está alinhada ao levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), que mostra que, somente na última década, mais de 13 mil ciclistas morreram no trânsito após se envolverem em acidentes, sendo 60% deles em atropelamentos.

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), que pertence à rede de saúde pública do Pará e é gerenciado pela Pró-Saúde, atua como referência para traumas na região Metropolitana de Belém e recebe ciclistas acidentados, vindos da capital e do interior do Estado.

Somente de janeiro a junho deste ano, foram realizados na unidade, 104 atendimentos à ciclistas vítimas de acidentes. Nos seis primeiros meses do ano passado, foram 87 atendimentos, o que representa um aumento de 19,5%.

“O perfil desses pacientes é variável. Atendemos desde crianças, até pacientes da terceira idade”, comenta a médica e diretora Técnica do HMUE, Renata Coutinho. “Os casos podem ser simples, com escoriações leves, ou os que envolvem traumas mais graves, na cabeça ou coluna, por exemplo. Mas atenção, em todas as circunstâncias, ter o auxílio de um especialista para analisar o quadro clínico é fundamental”, enfatiza a profissional.

O alerta é importante pois algumas lesões, inicialmente sem sintomas, podem agir de forma silenciosa, como hemorragias internas e fissuras ou traumas ósseos, que se não tratadas, podem se agravar e até mesmo causar óbito.

Durante todo ano, o Hospital Metropolitano desenvolve ações focadas na prevenção. Entre essas atividades, estão os projetos “Direção Viva”, que desde 2016 leva orientação para diversos públicos, em escolas, avenidas, praças com o desenvolvimento de atividades, e o “Quero Andar de Moto Até Morrer, Mas Não Morrer Andando de Moto”.

“Sem dúvidas, realizar campanhas educativas e de conscientização, além de aumentar a quantidade de ciclovias e melhorar a sinalização são os caminhos para evitar que as pessoas se acidentem. Além das vidas prejudicadas, as internações também geram gastos aos cofres públicos, que poderiam ser destinados para outras ações. Um trânsito mais seguro é um trabalho em conjunto, onde motoristas, pilotos e pedestres, devem fazer sua parte”, comenta a diretora do HMUE.

Dicas para evitar acidentes:
– Quando estiver andando de bicicleta, principalmente à noite, certifique-se de que está sendo visto por motoristas;
– Jamais faça travessia arriscada ou conte com a sorte;
– Use equipamentos de proteção e sinalização, como capacetes, cotoveleiras, luzes e materiais refletivos;
– Dê preferência por andar em grupos;
– Respeite as sinalizações e o sentido das vias;
– Em caso de acidente, ligue para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no número 192.

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