Casos de ansiedade e depressão podem surgir no fim do ano

Especialista orienta sobre atitudes positivas que podem ajudar a superar os casos

Começar um novo curso, emagrecer alguns quilos, fazer a viagem dos sonhos, esses são alguns dos planos que entram na lista de Ano Novo. Mas a chegada de dezembro pode mostrar que o ano não foi bem como planejado. Para muitas pessoas essa constatação, aliada com uma época festiva, pode desencadear sintomas de depressão e ansiedade. Para o médico psiquiatra Eduardo Guidolin, esse é o momento de colocar o pé no freio e tomar atitudes positivas.

Todos os anos, principalmente em dezembro, vem o hábito de fazer um balanço do que foi realizado ou não durante os últimos meses. A atitude pode fazer com que a depressão ou a ansiedade batam a porta. “Primeiro temos o Natal, que é uma festa bastante familiar. É o momento em que os sentimentos guardados, as lembranças e reencontros vem à tona. É comum também, ocorrerem as situações de conflitos familiares. Em seguida, vem outra festa importante, que é o Ano Novo, um período de balanço em que as pessoas costumam pensar em que foi possível conquistar ao longo do ano “, apontou o especialista.

Para o psiquiatra algumas atitudes são importantes para atravessar esse período, que pode ser difícil para parte das pessoas. “Existe a expectativa que apenas a virada do ano vai trazer uma grande mudança na vida, mas sabemos que não é bem assim. As coisas mudam em uma sequência de conquistas, não é o fato de sair do dia 31 de dezembro para 1° de janeiro que tudo vai mudar. É preciso resolver as situações de forma gradual”, ressalta.

De acordo com o psiquiatra do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Mogi das Cruzes, em São Paulo, unidade administrada pela Pró-Saúde por meio de contrato de gestão com o município, outra dica é não se comparar com outras pessoas. “Nessa época do ano vemos nos comerciais, nos anúncios e nas mídias, de maneira geral, todo mundo feliz, bem-sucedido e se abraçando. Isso pode incutir em algumas pessoas a sensação de ‘Como os outros são tão felizes e eu nem tanto?’. É importante ressaltar que muitas vezes essa felicidade é fabricada, não é real”, acrescenta.

O excesso de cobrança também costuma ser um vilão, especialmente, neste período do fim do ano. “A vida segue depois do dia 31 de dezembro. Não se cobre tanto, não tente resolver tudo naquele momento, só porque o ano está virando. Com certeza essa é uma data importante, mas não significa que tudo precisa mudar com ela. Tudo tem o seu tempo”, orienta o psiquiatra.

O especialista alerta ainda que esse pode ser um momento para as pessoas identificarem que estão com algum problema. “A depressão e a ansiedade não são causadas pelo Natal ou Ano Novo. Elas têm outras origens que precisam ser trabalhadas, por isso, a ajuda de um profissional é importante para que no próximo ano essa pessoa esteja melhor”, informa.

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