Banco de leite humano: OMS premia médico brasileiro

O médico brasileiro João Aprígio Guerra de Almeida pesquisador e servidor público da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pela criação e coordenação de uma rede de Bancos de Leite Humano (BHL) pelo SUS.

O Prêmio Dr. Lee Jong-wook de Saúde Pública será entregue em maio, na Assembleia Mundial de Saúde, que ocorrerá em Genebra, na Suíça.

A escolha foi definida por unanimidade e João Aprígio dividirá o prêmio de 2020 com um consórcio de pesquisadores da Tanzânia para a troca de informações sobre anemia e outras doenças ligadas às células falciformes. Ao propor a premiação ao Conselho Executivo da OMS, o painel de especialistas responsáveis pelo prêmio afirmou que o brasileiro atua na mobilização da rede desde 1981 e “é considerado a força motriz por trás da maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo”.

O Brasil possui a maior rede BLH do mundo, com cerca de 160 mil litros de leite humano distribuídos todos os anos a recém-nascidos de baixo peso. Na Pró-Saúde, a relevância dos BLHs é tema de treinamentos e campanhas permanentes de doação de leite humano, tendo obtido reconhecidos e premiações por esta inciativa ao longo dos últimos anos, como o certificado de Excelência em Banco de Leite Humano, na categoria Ouro, para o Hospital Estadual Rocha Faria (RJ), concedido pelo Programa Ibero-americano de Bancos de Leite Humano (IberBLH).

Atualmente, três unidades gerenciadas pela instituição possuem o serviço: o Hospital Santa Juliana (AC), Hospital Materno-Infantil de Barcarena (PA) e o Hospital Universitário (HU) de Jundiaí (SP). Em janeiro deste, o Banco de Leite Humano do HU atingiu 70% da sua capacidade, algo considerado incomum para este período, quando o estoque de leite costuma ser menor. O feito obteve repercussão nacional graças às iniciativas contínuas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.

 

Fonte: EBC e Pró-Saúde

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