Amamentação ajuda a prevenir doenças na mãe e no bebê

Raíssa Soares, de 20 anos, sabe bem da importância que o leite materno tem para o seu filho. “O aleitamento é muito importante porque tem vitaminas e tudo o que ele precisa para ficar forte e saudável. Eu sei o quanto meu filho precisa disso, por isso sempre busco amamentar nos horários certos e não deixar faltar para ele”, diz a jovem, que é moradora de Óbidos, e acompanha o filho de dois meses que está internado no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA). 

A unidade realiza, semanalmente, reuniões com as mães da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal para incentivar a prática e tirar as dúvidas sobre o assunto. A ação foi intensificada neste mês com a ação “Agosto Dourado”, que mobiliza instituições de todo o País em prol do aleitamento materno. 

No Pará, outros dois hospitais públicos gerenciados pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar também aderiram ao movimento. Foram eles: o Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, e o Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira. 

A dona de casa Telma Rocha, 23 anos, participou de uma das orientações em Marabá. “É fundamental o hospital orientar os pacientes sobre esse assunto, porque é verdade: o leite materno protege a criança. Quando eu estava grávida, o que eu mais queria era isso. E meu filho mamou até um ano e dois meses. Só tirei do peito para que ele pudesse comer melhor, porque enquanto tinha leite, era só o que ele queria”, comentou a acompanhante.

Nathália Gomes também recebeu as orientações no Hospital Regional de Marabá, mas na UTI Neonatal, onde estava acompanhando o filho de três meses. E, como a criança teve alergia a uma substância encontrada no leite de vaca, antes de começar a amamentar, ela precisou fazer uma dieta. “Tenho dois filhos mais velhos, que mamaram e hoje são saudáveis e inteligentes. No caso do Matheus, sei que o leite do peito é mais importante ainda, porque ele é prematuro”, afirmou a mãe.

O leite materno funciona como uma vacina para o bebê, uma vez que libera anticorpos, protegendo-o de doenças. Além disso, ajuda no desenvolvimento neuromotor da criança e aumenta o vínculo entre a mãe e o filho. É por isso que os médicos recomendam que até o sexto mês de vida a criança seja alimentada exclusivamente com leite do peito. Para a mulher, a amamentação também traz benefícios, dentre eles, a redução do risco de diabetes, câncer de mama e ovário e a perda mais rápida de peso depois do parto. 

Almofada

No Hospital Regional de Altamira, para incentivar o aleitamento materno e tornar o  momento mais especial ainda, a unidade criou uma almofada de apoio à amamentação. O material é feito a partir do reaproveitamento das mantas de SMS, utilizadas para proteger e manter o processo de esterilização das caixas de instrumentos cirúrgicos. Cada mãe atendida no HRPT ganha uma almofada e, ao receber alta, leva o item para casa. 

“As mães precisam estar posicionadas corretamente para ter uma amamentação de qualidade. Tronco ereto, membros flexionados e o bebê alinhado ao peito. A coluna não pode estar curvada para frente. É o bebê que vem até a mãe. A almofada também vai poder ajudar nas outras fases do desenvolvimento. Pode ser usada como suporte quando o bebê começar a ficar sentado, colocado à frente quando ele começar a engatinhar e de outras diversas formas”, explicou a terapeuta ocupacional Rafaela Rizzi.

Incentivo

Em Parauapebas (PA), a Pró-Saúde também incentivou a amamentação a usuárias do Hospital Yutaka Takeda, localizado na Serra de Carajás. A programação envolveu gestantes e mulheres que recentemente tiveram filhos, abordando a importância do aleitamento materno, dicas para que o recém-nascido ter uma pega correta no momento da sucção, riscos da amamentação cruzada e posições confortáveis durante o aleitamento.
 
Para a psicóloga Talita Iglesias, que é mãe de primeira viagem e teve dificuldades para amamentar, a ação foi de grande valia. “Achei o encontro muito importante. Esclareceu as minhas dúvidas, reforçou algumas informações e me ajudou bastante”, relatou.

Voltar para o topo da página - Pró-Saúde