Com aumento de casos, Hospital Bom Pastor faz alerta sobre cuidados com a dengue

Estado de Rondônia contabiliza mais de 3,8 mil casos prováveis da doença neste ano; confira dicas de prevenção

De acordo com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa), neste ano, até o dia 11 de abril, foram confirmados 3.880 casos de dengue no Estado, um aumento de 325% em relação ao mesmo período de 2021. O estado é o segundo da região Norte com maior número de casos prováveis da doença.

Esse aumento de infectados já é perceptível no atendimento de unidades de saúde como o Hospital Bom Pastor, em Guajará-Mirim, que no mês de março atendeu cinco casos da doença. No mês anterior, fevereiro, não houve registro de atendimentos.

A situação está em consonância com o cenário nacional, visto que nos primeiros quatro meses deste ano, já foram registrados 464,2 mil casos de dengue no país, um aumento de mais de 100% em relação ao ano anterior, de acordo com boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

A dengue é uma doença febril aguda causada por vírus transmitidos pela picada do mosquito aedes aegypti, que se reproduz usando a água parada. “Para que mosquito possa se proliferar, as fêmeas precisam de um ambiente quente e úmido.

Por esse motivo, a temporada de dengue costuma ocorrer em períodos de alta temperatura e chuvas fortes, sendo essas as principais características do clima em Rondônia nos primeiros meses do ano”, explica Márcia Guzman, diretora Técnica do Hospital Bom Pastor.

Existem quatro tipos de dengue e três classificações de sua evolução. A progressão da doença é benigna em sua forma clássica, e grave quando há quadros de hemorragia e choque. “Os casos de choque são caracterizados pela insuficiência cardiocirculatória, que impede a circulação do sangue acumulando o fluido nas extremidades do corpo, pulmão ou outros tecidos”, ressalta a médica.

Atenção aos sinais de alerta 

• Febre alta com início súbito (39° a 40°);
• Agitação;
• Dor atrás dos olhos ;
• Forte dor de cabeça;
• Perda do paladar e apetite;
• Cansaço extremo;
• Náuseas e vômitos persistentes;
• Dor nos ossos e articulações;
• Dor abdominal.

Nos casos de dengue hemorrágica, a evolução do quadro é rápida, podendo apresentar sinais de choque. Após a febre, surgem os sinais de alerta como hemorragia, manchas vermelhas na pele, vômitos persistentes, sangramentos (pelo nariz, boca e gengivas) e dificuldade respiratória. Além da dengue, o aedes aegpyti transmite outras doenças, como chikungunya e o zika vírus, que também seguem em alta no país.

A principal forma de prevenção dessas doenças é combater o aedes aegypti. Para isso, evite o acúmulo de água em objetos como vasilhas, pratos de plantas, pneus, garrafas, calhas, caixas d’água e cisternas.

“Uma tampinha de garrafa já é suficiente para a proliferação do mosquito. Por isso, é importante verificar semanalmente a casa e as áreas externas, para retirar qualquer objeto que possa acumular água”, enfatiza Márcia. É possível adotar ainda cuidados adicionais com a família, como o uso de relentes, roupas que cubram a maior parte do corpo e uso de telas em janelas e portas.

Pertencente à Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, o Hospital Bom Pastor, localizado em Guajará-Mirim (RO), é referência assistencial em obstetrícia, pediatria, ginecologia, clínica médica e cirúrgica, possuindo ainda estrutura voltada especialmente para a assistência à população indígena. A unidade presta atendimento gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), mediante contrato com o município.