O mês de agosto é dedicado anualmente à intensificação de campanhas sobre a importância da amamentação para os bebês. Conhecido como “Agosto Dourado”, a campanha relaciona a cor ao padrão ouro de qualidade do leite materno.
Sabendo que o desmame precoce pode afetar tanto a saúde física e mental do recém-nascido e da criança, a Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM), celebrada na primeira semana deste mês, também informa sobre os benefícios da amamentação.
“O aleitamento materno contribui para o desenvolvimento da criança de forma completa, envolvendo todos os sistemas fisiológicos. É o alimento mais completo para o bebê e tem tudo o que ele precisa para se desenvolver de forma mais saudável”, explica a nutricionista Danielly Souza, do Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB), unidade gerenciada pela Pró-Saúde no interior do Pará.
A nutricionista destaca que “as crianças amamentadas, além de terem vínculo, entre mãe e bebê fortalecido, têm também menor incidência de alergias, diarreias, doenças respiratórias e gastrointestinais, otites, além de menos chances de desenvolverem, no futuro, obesidade e diabetes tipo 2”.
Alimento natural
O leite materno é um alimento natural rico em proteínas e nutrientes (vitamina A e ferro), além de ser uma importante fonte de energia para o bebê. Entretanto, os benefícios do aleitamento não se restringem a ser uma rica fonte alimentícia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade infantil, uma das lutas da campanha.
Segundo a nutricionista, além dos benefícios físicos, o aleitamento materno contribui também para o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças. “A recomendação é que os bebês sejam amamentados nos primeiros seis meses de vida de forma exclusiva podendo perdurar por dois anos ou mais com a alimentação complementar”, explica.
A especialista reforça que mesmo nos casos em que a mãe não consiga amamentar o bebê com o próprio leite, é importante contar com a doação de outras mães.
“Nesses casos, quando a mãe não consegue amamentar, oferecer apoio a ela é a primeira e mais eficaz solução. Além disso, nestes momentos, a mãe e o bebê, quando em ambiente hospitalar com a atuação do banco de leite humano, é possível oferecer leite humano pasteurizado para os bebês que precisam, mantendo assim, todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê”, finaliza Danielly Souza.
Outros benefícios da amamentação para os bebês:
- Ajuda e evita infecções e alergias precoces – primeira “vacina”;
- Reduz as chances de desenvolver problemas como diabetes, obesidade, diarreias e doenças cardiovasculares no futuro;
- Ajuda no desenvolvimento neuromotor;
- Mantem bom funcionamento intestinal;
- Estabelece e desenvolve as percepções sensoriais;
- Estabelece relação afetiva entre mãe e filho. O que refletirá no desenvolvimento físico e emocional da criança;
- Ajuda no aumento da flexibilidade na articulação do rosto e fala.