Protocolo de Fratura de Fêmur no Idoso gera resultados no HEGV

Em março de 2018, o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), localizado no Rio de Janeiro (RJ), implantou o Protocolo de Fratura de Fêmur no Idoso, que tem como objetivo realizar procedimentos cirúrgicos em paciente com diagnóstico de fratura do fêmur proximal, com idade a partir de 60 anos, visando uma desospitalização segura e mais rápida, melhorando a parte psicológica do paciente e, com isso, uma diminuição da morbidade e mortalidade.

Segundo o coordenador da Ortopedia do HEGV, Marcos Paulo Ramos Mugayar, a fratura do fêmur proximal é uma causa comum e importante de mortalidade e perda funcional em idosos. A lesão desta região tem relação direta com fragilidade do organismo e osteoporose, uma vez que quedas e traumas simples na terceira idade podem gerar a ruptura deste osso.

O fluxo, do momento da internação até a alta, se inicia na Emergência com a identificação dos pacientes elegíveis ao Protocolo. Esses pacientes realizam os exames pré-operatórios e, após a liberação clínica, são encaminhados ao Centro Cirúrgico em até 48 horas, fazendo o pós-operatório em unidade fechada. E posteriormente são encaminhados para a Enfermaria de Ortopedia.

Após a alta hospitalar, esses pacientes são levados para o Ambulatório de follow-up da própria Unidade. Na Enfermaria, os pacientes que tem indicação, já são colocados de pé pelo serviço de Fisioterapia. O Protocolo da Fratura do Idoso caminha junto com o Protocolo de Cirurgia Segura.

Em 2017, foram operados de março a outubro, 158 pacientes com os critérios de inclusão no protocolo, com um tempo médio de permanência de 16,26 dias de internação. No mesmo grupo, em 2018, foram operados 251 pacientes, com tempo médio de permanência de 5,07 dias de internação.

De acordo com o diretor Técnico do HEGV, Paulo Ricardo Lopes da Costa, a resolução precoce destas fraturas, faz com que o custo hospitalar per capta diminua, levando à melhoria das taxas de ocupação e, consequentemente, uma maior oferta de leitos.

Após a criação do Protocolo, todas as equipes foram treinadas e sensibilizadas quanto ao ganho de qualidade assistencial para o paciente. Além de toda a equipe de Ortopedia, a integração de todos os envolvidos (NIR, CTI, Anestesia, Equipe do Centro Cirúrgico, Enfermagem, Fisioterapia, Banco de Sangue, Direção) foi um dos segredos para o sucesso do Protocolo.

Atualmente, o HEGV ainda conta com o apoio dos residentes da ortopedia: Renan Herbert, Matheus Guilhon e Carlos Alves, que são os responsáveis pela coleta de informações e mapeamento do Protocolo.  

Mensalmente, é realizada uma reunião para discussão de resultados e identificação de oportunidades de melhorias.

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