HEGV promove primeiro evento sobre cuidados paliativos

O Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), no Rio de Janeiro, realizou na quinta-feira (17/05), o primeiro evento sobre cuidados paliativos. A ideia surgiu após uma reunião de colaboradores que divulgou, internamente, a proposta de discussão sobre cuidados paliativos em um hospital de emergência.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), em conceito definido em 1990 e atualizado em 2002, “cuidados paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.

No primeiro evento do HEGV intitulado “Paliação em Unidades de Emergência: uma Realidade Necessária”, os colaboradores da unidade convidaram quatro palestrantes. A advogada e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Danielle Barata, abordou os aspectos legais dentro de cuidados paliativos. Ela citou a resolução nº 1805/2006, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que garante ao paciente os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento. Danielle destacou que os profissionais de saúde precisam sempre respeitar a vontade e a autonomia do próximo.

A segunda palestrante foi a enfermeira e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Magda Chagas, que apresentou o tema “Chamei a Morte para a Roda, ela quis Dançar Ciranda: é Possível Ofertar Cuidado na UTI para quem Vive o Processo de Morrer?”. Segunda ela, é importante que todo profissional de saúde fale sobre a morte e entenda todas as suas etapas. “A faculdade não prepara para falar da morte e sim da vida. Precisamos enfrentar a tristeza e lidar com todos os momentos, sem medo e nem fuga”, ressaltou.

Também participaram do evento a psicóloga, professora e membro da Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), Silvana Maria Aquino, que abordou o tema “Os Desafios de se Propor Cuidados Paliativos:  Paciente, Família e Equipe”, e a fonoaudióloga do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Werlany Frois Maia Lopes, que falou sobre “Cuidados Paliativos em Fonoaudiologia: a Arte da Comunicação e o Prazer da Alimentação”.

Para a coordenadora do serviço de Fonoaudiologia do HEGV, Débora Lopes, uma das organizadoras do primeiro evento sobre cuidados paliativos na unidade, torna-se cada vez mais necessário discutir este assunto dentro de um hospital de emergência. “No HEGV é crescente a demanda de pacientes com critérios para cuidados paliativos.  E, pensando nisso, criamos esse evento com o intuito de sensibilizar nossos profissionais de saúde, para que eles reflitam e se familiarizem com esse universo”, concluiu. 

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