Lançamento dos relatórios GRI do HRBA e HPEG marcam o segundo dia de palestras no estande da Pró-Saúde

Sustentabilidade foi o tema central das palestras realizadas no estande da Pró-Saúde, nesta quarta-feira, 17 de maio, durante a Hospitalar Feira+Fórum 2017, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP). O estande da entidade está localizado no Pavilhão Vermelho, rua 17, número 104.

A primeira apresentação do dia, transmitida ao vivo, no Facebook oficial da Pró-Saúde, foi promovida por Rodrigo Henriques, consultor em Sustentabilidade, com o tema “A Sustentabilidade Inserida na Gestão Estratégica das Unidades da Pró-Saúde”.

Henriques mencionou os reguladores globais que medem a sustentabilidade no Brasil, principalmente na Bolsa de Valores. “Todas as empresas de capital aberto hoje precisam falar sobre sustentabilidade, quem não fala, precisa explicar o motivo”, disse. 

“Para a Pró-Saúde foi criado um sistema integrado, que através de uma ferramenta chamada Sistema Integrado de Sustentabilidade (SIS), é possível responder a todas as diretrizes internacionais de sustentabilidade. Desde 2009, esse trabalho é desenvolvido na Pró-Saúde”, ressaltou Rodrigo Henriques.

O palestrante também comentou que o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, localizado em Belém (PA), é o segundo hospital do País a ter os Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU. Durante a palestra, Rodrigo destacou que diversos hospitais da Pró-Saúde fazem parte do Green Kitchen, Desafio 2020, e dos Hospitais Verdes e Saudáveis.

GRI

O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém (PA), tornou-se o primeiro hospital público do Brasil a obter o selo “Materiality Disclosures”, emitido pela Global Reporting Initiative (GRI). O Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém (PA), foi o segundo hospital público do País a conseguir o selo. As duas unidades são gerenciadas pela Pró-Saúde.

O HRBA e o HPEG lançaram os relatórios da GRI, no estande da Pró-Saúde na Hospitalar, nesta quarta-feira, dia 17 de maio. Hebert Moreschi, diretor-geral do HRBA, e Saulo Mengarda, diretor-geral do HPEG, foram homenageados por Danilo Oliveira da Silva, diretor de Desenvolvimento da Pró-Saúde, e por Jocelmo Pablo Mews, diretor de Operações da entidade.

Para obter o selo, o HRBA elaborou seu primeiro relatório de sustentabilidade, tomando como base o ano de 2015. Já o HPEG, tomou como referência o ano de 2016. 

O lançamento dos relatórios GRI e a homenagem foram transmitidas, ao vivo, no Facebook oficial da Pró-Saúde. Paulo Czrnhak, diretor Operacional da Pró-Saúde, destacou a importância desse reconhecimento. “Estamos emocionados e gostaríamos de agradecer a Pró-Saúde de nos dar a oportunidade de inovações”. Czrnhak agradeceu também apoio do Núcleo de Qualidade de Segurança do Paciente. “Estamos materializando um planejamento, um comprometimento e um engajamento dos hospitais, só com esse engajamento, foi possível termos os dois hospitais públicos do País a obter o G-4 da GRI”, ressaltou.

Saulo Mengarda agradeceu o apoio da Sede Administrativa. “É uma responsabilidade que estamos tendo em evoluir em transparência e melhoria dos indicadores apresentados”, afirmou. Hebert Moreschi agradeceu a direção da Pró-Saúde, o diretor Operacional da Pró-Saúde no Pará e a toda equipe de Comunicação.

Jocelmo Pablo Mews parabenizou os diretores do HRBA e do HPEG. “A Pró-Saúde quer estender essa estrutura de relatórios para toda a Sede. Queremos que toda a Pró-Saúde se desenvolva com a sustentabilidade”, afirmou.

“Para a Pró-Saúde, a transparência é muito importante. Esse relatório, para nós, mais do que fazer a prestação de contas, é uma maneira de mostrar para a comunidade e para a sociedade como os recursos públicos estão sendo aplicados”, disse Danilo Oliveira da Silva, diretor de Desenvolvimento.

Congresso de Gestão Financeira e Custos

O segundo dia do 40º Congresso Brasileiro de Administração Hospitalar e Gestão em Saúde, realizado pela Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), que tem a Pró-Saúde como promotora, abordou um tema bastante debatido pelo setor: a judicialização da saúde. 

Moderado pela diretora Jurídica e de Filantropia da Pró-Saúde, a advogada Wanessa Portugal, as discussões também foram acompanhadas pelo diretor de Desenvolvimento da entidade, Danilo Oliveira da Silva. 

Os palestrantes, o advogado Ricardo Luiz Salvador, advogado da Pró-Saúde, e o promotor Público Reynaldo Mapeli Junior, concordaram que há um certo descompasso entre parte das decisões judiciais e a Constituição.

Para Ricardo Salvador, a judicialização da saúde não é resultado de uma ação isolada, mas de um composto de interferências equivocadas que têm comprometido a sustentabilidade de diversas entidades que prestam serviços de saúde no País. Ele reconhece que o tema é delicado, por isso, em sua fala, destacou especificamente interpretações distantes da legislação. 

“Há culpados na judicialização da saúde?”, perguntou Salvador, repetindo o tema provocativo do debate. Entre as muitas responsabilidades que envolvem essa “culpa”, ele incluiu a participação de advogados que propõem ações sem base legal, médicos que atuam nas redes públicas e privadas de maneira distinta e até o que considerou inércia dos poderes Legislativo e Executivo. “Por causa dessa inércia, o Poder Judiciário está decidindo sobre assuntos que não são, necessariamente, sua atribuição”, afirmou.

De acordo com Salvador, muitas decisões baseiam-se em princípios e “princípios não são leis”, ele disse. “Não se trata de questionar a autoridade dos juízes, mas as decisões devem ser tomadas com base no que diz a lei”, afirmou.

O promotor público Reynaldo Mapeli Junior, que palestrou na sequência, apresentou avaliação semelhante ao de seu colega advogado. “Os profissionais do Direito estão errando muito ao não conhecer a legislação e as regras da saúde pública. Controle judicial de políticas públicas é necessário, mas precisa ser feito nos parâmetros da lei”, acrescentou. 

Ele citou decisões que determinam o poder público a fornecer medicamentos não reconhecidos pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). E a lei é clara, ele afirma, não se pode comercializar remédios sem a validação da agência.

Ao final dos debates, Wanessa Portugal destacou a objetividade e clareza na abordagem do assunto, parabenizou os palestrantes e também a organização do evento na escolha do tema.

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