Colaboradores da área assistencial e corpo clínico do Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira (PA), na região sudoeste do Pará, participaram no dia 13/9 de uma atividade surpresa organizada pelo grupo de sepse da unidade. A ação visou identificar, mediante a leitura de casos clínicos, os sinais de sepse e prestar atendimento ao usuário, que no momento foi representado por um boneco. O simulado também envolveu o setor de Farmácia e Laboratório, que tiveram de entregar o antibiótico e realizar a coleta dos exames dentro de um prazo específico.
A atividade realizada no HRPT faz parte da comemoração ao Dia Mundial da Sepse, celebrada no dia 13/9 e teve como slogan: “ Pare a Sepse, Salve Vidas”. A campanha de combate a Sepse é organizada no Brasil pelo Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e é conduzida mundialmente pela Global Sepsis Alliance (GSA).
Para o diretor do Hospital Regional de Altamira, Edson Primo, ao proporcionar esse momento na unidade, buscou-se ampliar a percepção da sepse entre os profissionais da equipe, e assim, priorizar a doença como uma emergência médica, a fim de que todos os pacientes possam receber intervenções básicas, incluindo antibióticos e fluídos intravenosos, dentro da primeira hora. “A agilidade das nossas equipes, e sua preparação técnica para que possam ofertar um atendimento de excelência, ofertando segurança ao nosso paciente, é o nosso compromisso”, explicou.
De acordo com Daniel Johann, membro do grupo de sepse, a atividade não serviu apenas para lembrar a data, mas também para mostrar às equipes a importância de um tratamento rápido e efetivo ao usuário, além de evidenciar aos membros do grupo as fragilidades e dificuldades das equipes e assim nortear ações para melhorar o andamento do protocolo.
Sepse
A sepse antigamente era conhecida como septicemia ou infecção generalizada, na verdade, trata-se de uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode levar a parada de funcionamento de um ou de, mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada rapidamente.
Atualmente a sepse é a principal causa de mortes nas unidades de terapia intensiva (UTI), matando mais do que o infarto do miocárdio e do que alguns tipos de câncer.
Segundo o Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS) o Brasil tem uma das mais altas taxas de mortalidade do mundo pela sepse. Estima-se que 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e 240 mil pessoas morrem anualmente.
