Instituto Estadual do Cérebro recebe equipamento ultramoderno para operar tumores

O Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC), localizado no Rio de Janeiro (RJ), recebeu, nesta segunda-feira (11/07), um equipamento chamado Gamma-Knife, capaz de realizar cirurgias no cérebro sem precisar de incisões na caixa craniana e com extrema precisão. O aparelho será utilizado para tratar tumores e outras doenças neurológicas, como o Mal de Parkinson, por meio de uma técnica conhecida como “radiocirurgia estereotáxica”, que é uma intervenção cirúrgica com a utilização de radiação e no ponto exato da lesão.

“Enquanto outros equipamentos utilizados apresentam uma diferença de até um centímetro em relação à área a ser tratada, o Gamma-Knife tem uma precisão de apenas um milímetro, usando raios gama”, explicou o diretor Médico do IEC, Paulo Niemeyer Filho. O diretor estima que o aparelho entre em funcionamento a partir de outubro, pois a área do hospital na qual ele será instalado ainda passa por adaptações para comportá-lo.

Método inovador

A “radiocirurgia estereotáxica” é um método não invasivo para tratar lesões no cérebro, cabeça e pescoço, que permite procedimentos em vários tipos de tumores cerebrais benignos ou malignos, malformações arteriovenosas e metástases que, em muitos casos, estariam inacessíveis através da cirurgia tradicional. Ela consiste na aplicação única de uma alta dose de radiação a pequenos volumes de tecidos em localizações críticas.

A equipe que vai operar o Gamma-Knife, composta de neurocirurgião, físico e radioterapeuta, foi treinada nos Estados Unidos e na República Tcheca durante um mês. Atualmente, no Brasil, só existem outros dois aparelhos como este sendo utilizados, localizados em instituições de saúde particulares. O equipamento custou R$ 13 milhões e os recursos vieram do orçamento da Assembleia Legislativa (Alerj).

A radiocirurgia com o Gamma Knife apresenta várias vantagens, como o risco menor de complicações quando comparado com o de uma cirurgia tradicional, e efeitos secundários muito atenuados para o doente. Este é o sistema de radiocirurgia cerebral mais utilizado mundialmente, tendo ultrapassado a marca de um milhão de intervenções, sendo também o mais documentado cientificamente com mais de 3 mil trabalhos publicados.

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