Professor da USP promove palestra sobre Bioinformática no IEC

Coletar e identificar trilhões de células do genoma humano para entender como cada corpo reage a determinado tratamento com absoluta precisão, diminuindo custos e tempo de recuperação do indivíduo. Assim trabalha a Bioinformática, uma ciência amplamente utilizada em países como os Estados Unidos e que começa a chegar nas pesquisas do Brasil.

O professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), Helder Nakaya, ministrou na última sexta-feira (08/07) a palestra “Biologia de sistemas aplicada à ciência da saúde” a pesquisadores do laboratório de Biomedicina do Cérebro, do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC), do Rio de Janeiro (RJ). Helder tem trabalhos publicados sobre pesquisas realizadas com a vacina da gripe, mapeando suas diferentes reações em organismos de idades variadas.

“Um gene específico está sendo tratado com uma droga, por exemplo, com comprovada eficácia em outro organismo. Se este gene sofre uma mutação, a droga já não vai funcionar. A Biologia de Sistemas Computacional garante uma precisão de dados que identifica exatamente onde e como agir”, explicou Nakaya. Ele disse ainda que a tecnologia está sendo usada em pesquisas para entender como funcionam enfermidades como a dengue, zika e chikungunya, que assolam países como o Brasil.

“É uma atividade científica ainda rara no país. A Bioinformática faz grandes sistemas biológicos serem organizados, e nós do Instituto temos a ideia de trazer futuramente uma empresa para atuar nesta área e auxiliar em nossas pesquisas”, comentou o coordenador do laboratório de Biomedicina do Cérebro, o médico Vivaldo Moura Neto, que convidou o professor da USP para ministrar a palestra na unidade.

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